No nível máximo vão estar 84 equipas, 470 operacionais, 114 veículos e 2 helicópteros em Grândola e Montijo
O dispositivo de emergência de combate a incêndios rurais no distrito de Setúbal está “preparado com diversos níveis de prontidão e empenho operacional”, avançou o Comandante Distrital de Operações de Socorros, Elísio Oliveira, em reunião por vídeo conferencia com os deputados socialistas eleitos pela região.
Nesta reunião solicitada pelos deputados socialistas, o comandante especificou que no território do distrito “estarão disponíveis, no nível máximo, 84 equipas, 470 operacionais, 114 veículos e 2 helicópteros, situados em Grândola e no Montijo. Quanto aos efectivos, há um aumento de 13% relativamente ao ano anterior”.
Com 230 postos de vigia a nível nacional, oito deles situam-se no distrito de Setúbal e integram a directiva nacional operacional que consagra o dispositivo especial de combate a incêndios rurais, para o corrente ano. Neste momento, e até ao fim do mês, os meios estão no nível reforçado 3, o penúltimo, de prontidão de empenhamento operacional.
Em comunicado sobre as conclusões desta reunião online, os eleitos socialistas referem que, nesta fase, “a nível nacional, estão afectos 9 512 operacionais, 2 236 veículos e 60 meios aéreos, os quais ficaram disponíveis a 1 de Junho, com a limitação de alguns helicópteros, considerando que se aguarda decisão do Tribunal Administrativo de Loulé de uma providencia cautelar interposta por uma empresa, no âmbito do concurso aberto em Novembro último, pela Força Área e que se anseia pela resolução”.
Parlamentares dizem que Governo planeou atempadamente
Mesmo assim, “os recursos constantes do dispositivo nacional podem e devem ser posicionados em função do risco, pelo que essa gestão previne as eventuais necessidades nos locais onde esses meios aéreos deviam de estar”. A isto acrescentam que “o Governo fez o planeamento atempadamente e tornou-o público”.
Este ano há a particularidade de “ter de existir atenção acrescida em razão do período pandémico que vivemos, tendo de ser assegurados planos de contingência”.
Na reunião com o comandante Elísio Oliveira participaram os parlamentares Catarina Marcelino, Filipe Pacheco, Sofia Araújo e Clarisse Campos, e ainda Eurídice Pereira que acompanha matérias de emergência e protecção civil, no âmbito da Comissão Parlamentar de Direitos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Quanto ao trabalho multidisciplinar que está em curso e que, no passado 21 de Maio, em Conselho de Ministro, consideram os deputados que “teve passos decisivos como a aprovação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais”, que se prevê ter um período de auscultação pública. Deste plano, fazem parte um conjunto de diplomas sobre floresta e que tem na sua essência políticas de restruturação da paisagem bem como a criação de um programa de Transformação da Paisagem, destinado a “territórios de floresta com elevada perigosidade de incêndio”, entre outras iniciativas que, “definitivamente, abordam as respostas aos incêndios rurais de forma integrada e estruturante”, avaliam os deputados.