Carlos Branco: “O associativismo foi e vai continuar a ser muito importante em qualquer sociedade”

Carlos Branco: “O associativismo foi e vai continuar a ser muito importante em qualquer sociedade”

Carlos Branco: “O associativismo foi e vai continuar a ser muito importante em qualquer sociedade”

Com o período pandémico surgiram novas associações fruto das necessidades afectivas e nova vivência|

Apesar dos efeitos da pandemia, o movimento associativo continua a crescer no País e na região

 

Hoje, 31 de Maio, assinala-se a comemoração do segundo Dia Nacional das Colectividades em pleno período covid-19. Mas, mesmo em tempos de pandemia, o associativismo em Portugal, e em Setúbal em particular, dizem os dados, tem vindo a aumentar.

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Carlos Branco

Carlos Branco, vice-presidente da direcção da Federação das Colectividades do Distrito de Setúbal (FCDS), estrutura descentralizada da CPCCRD – Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, em representação da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal explica porquê: “O associativismo foi, é, e vai continuar a ser muito importante em qualquer sociedade, pela sua capacidade de inovação e pesquisa no avanço e modernidade das sociedades”.

“Sempre que surgiram grandes convulsões e mudanças políticas elas tiveram a sua origem dentro do associativismo, pelas necessidades dos associados, que se vão alterando ao sabor das mutações societárias”, frisa.

Com o período pandémico, considera: “Surgiram novas associações fruto das necessidades afectivas, ou orientadoras de uma nova e diferente forma de vivência. Mas sobretudo nesta retoma o dirigente associativo benévolo e voluntário, vai necessitar prioritariamente de se apetrechar com conhecimentos na área do digital e outras, através de formação disponibilizada pela Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto”.

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Nesta época em particular, Carlos Branco, aponta que o crescimento do movimento associativo não será tanto pela quantidade, mas sim pelo aumento qualitativo da sua resiliência, “nesta sua capacidade em lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas e choques traumáticos derivados da pandemia covid-19”.

Na região de Setúbal traça um cenário onde estão inscritas as principais necessidades e problemas a enfrentar: “As necessidades são variadas e cada colectividade terá as suas prioridades, mas de uma forma geral a incapacidade que o movimento associativo tem para modernizar as suas sedes, em especial as centenárias, leva ao constante incumprimento com o rigor exigido perante as medidas de autoprotecção preconizadas em lei. Sem uma linha de apoio acessível ao orçamento associativo vai ser muito difícil atingir um bom patamar qualitativo nesta área da defesa de pessoas e bens”.

O dirigente destaca o trabalho que a CPCCRD tem feito para encontrar as alternativas possíveis. “Tem agido de forma sustentada e rigorosa nesta pandemia. As recomendações feitas pela Confederação, pela Direcção-Geral da Saúde e as resoluções do conselho de ministros têm sido seguidas e temos tido excelentes resultados uma vez que não tivemos notícia de qualquer situação de contágio em colectividades. Desde a primeira hora, foi estabelecida uma estratégia de comunicação específica assente em vários materiais para diversos momentos”.

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Por parte das entidades e organismos oficiais, Carlos Branco esperava mais de uns e agrade a outros. “Pelo Governo foi anunciada uma ajuda, de que ainda se desconhecem os critérios de atribuição. Houve algum apoio autárquico, mesmo não havendo actividades, por isso o movimento associativo reconhece neste Dia Nacional das Colectividades através da entidade representativa, a Associação dos Municípios da Região de Setúbal (AMRS), todos os municípios do distrito, que, de uma forma geral, se mobilizaram de forma solidária”.

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