A falha de carreiras de Setúbal para Lisboa levou ao protesto de utentes e uma queixa da Câmara
Utentes dos Transportes Sul do Tejo (TST), em Setúbal, queixaram-se que há carreiras a não cumprir as regras de capitação obrigatórias pela pandemia Covid-19. A Câmara Municipal ficou a par da situação e apresentou queixa junto da autoridade de transportes da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Mas a empresa nega que esteja a ser ultrapassada a lotação permitida neste momento.
Em “dois ou três dias”, da passada semana, a carreira dos TST das 7h00 de Setúbal para Lisboa “não cumpriu os horários” e, com isto, de acordo com o que foi reportado à Câmara Municipal por utentes, “não foram respeitadas as regras de capitação que estão em vigor devido à pandemia covid-19”, ou seja, um terço da lotação dos autocarros.
Entretanto, a autarquia divulgou em comunicado enviado a O SETUBALENSE que “tomou conhecimento de que a empresa não está a garantir uma oferta suficiente de transporte público rodoviário no concelho, nem a cumprir os horários estabelecidos para a circulação de algumas carreiras”, e acrescenta que, “com base nesta situação, diligenciou junto da autoridade de transportes da Área Metropolitana de Lisboa a exigência do funcionamento do serviço nos termos legais previstos”.
TST lamenta queixa da Câmara
Perante os acontecimentos, a empresa TST nega que tenha sido ultrapassada a lotação prevista neste momento para os autocarros, mas admite que alguns passageiros possam ter sido forçados a aguardar algum tempo pelo desdobramento, ressalvando, no entanto, que foram situações pontuais e que já estão a ser resolvidas.
“Algumas pessoas podem ter tido de esperar algum tempo pelo desdobramento, mas já estamos a preparar reservas para os desdobramentos, para que estas situações não se repitam”, disse à agência Lusa fonte oficial da empresa.
Já quanto à queixa da Câmara de Setúbal à autoridade de transportes da AML, a mesma fonte diz que a TST ficou “surpreendida” em função de duas ou três situações pontuais em que foi necessário fazer desdobramentos, mas em que não houve uma falha de serviço”.
Os TST esclareceram ainda que a quebra no transporte de passageiros devido à pandemia Covid-19 foi de 80% no concelho de Setúbal, mas que a redução da oferta foi de apenas 40%, precisamente para garantir que não se ultrapassa o limite de um terço da lotação dos autocarros.
Com Lusa