Depois da SOS Animal ter lançado a suspeita de que a morte de cinco golfinhos no Sado pode estar relacionada com as dragagens no rio, a APSS vem afirmar, com base no ICNF, que essa suspeita não se justifica
A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) afirma que a morte dos cinco golfinhos que apareceram no Sado, e margens não está relacionada com as dragagens que estão a decorrer no estuário.
“Em nenhum dos casos se verifica qualquer ligação às operações inerentes ao Projeto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal”, afirma a administração da APSS em comunicado na sequência de notícias dos últimos dias.
Refere o mesmo documento que a administração do Porto foi informada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de que “o arrojamento de 4 golfinhos oceânicos comuns, entre o Carvalhal e a Comporta, no final do mês de Dezembro, se prende com as condições climatéricas extremas que se verificavam à época”.
O instituto concluiu ainda que para além da morte destes cetáceos, um outro foi avistado, também morto, por pescadores a 13 de Janeiro, “fora do Estuário do Sado”. E acrescenta que este mamífero “não foi recolhido” e que não se conhecem as causas da sua morte”, em parte porque se “desconhece o seu paradeiro”.
No mesmo comunicado a APSS diz que de acordo com o previsto na Declaração de Impacte Ambiental, “desenvolveu um numeroso conjunto de estudos, tendo contratado especialistas de reconhecido mérito nestas matérias que trataram de forma exaustiva e científica todas as questões relativas aos impactes no ecossistema, seja ele na microfauna ou macrofauna existente no estuário”.
Refere ainda que a execução da obra “tem sido acompanhada pela implementação de um Plano de Monitorização que abrange diversos descritores, nomeadamente, Valores Ecológicos e Conservação da Natureza, Qualidade da Água e Arqueologia e Património”.