CONTEÚDO PATROCINADO Número de utilizadores cresceu 12% em 2024, sobretudo graças aos jovens que são escalão etário predominante
O mercado de apostas online em Portugal atravessa uma fase de crescimento sustentado e renovada maturidade. Com 1,23 milhões de apostadores ativos registados em 2025, o setor digital atinge volumes de atividade nunca observados no país. Este número traduz não apenas um acréscimo notável de utilizadores, mais 12% que em 2024, como também espelha uma profundidade demográfica e comportamental assinalável.
A realidade do jogo online em Portugal tornou-se plural, refletindo tendências tecnológicas, mudanças no perfil de consumo e uma adaptação constante dos operadores às exigências de um público mais informado e exigente.
Rejuvenescimento do mercado e centros de concentração regional
Os dados mais recentes confirmam uma tendência clara: a vitalidade do setor reside, em grande medida, na sua base mais jovem. Aproximadamente 32,5% dos apostadores têm entre 18 e 24 anos, seguindo-se a faixa dos 25 aos 34 anos, que representa 29,8%. Juntas, estas duas faixas etárias constituem mais de 60% da atividade online. A entrada constante de novos utilizadores, em particular na transição da adolescência para a idade adulta, permite compreender o dinamismo e a fluidez de um mercado onde o digital é o habitat nativo dessas gerações.
A geografia das apostas em Portugal mantém algumas constantes. O Porto lidera em número de apostadores, concentrando 21,2% do total, ligeiramente à frente de Lisboa com 20,7%. Estas duas regiões não apenas reúnem significativa densidade populacional, como usufruem de maior acesso digital e diversidade de eventos desportivos com relevância local e internacional. Braga, Setúbal e Aveiro completam o lote das regiões com maior representação, reafirmando o eixo litoral como dominante no panorama digital português.
Neste contexto de transformação e diversificação, uma parte considerável dos apostadores começa a explorar alternativas para além do desporto, nomeadamente os jogos de casino online. Neste universo mais alargado e competitivo, a variedade de bônus de cassino online tem-se revelado um dos fatores mais influentes na decisão de registo e permanência dos utilizadores em determinadas plataformas. Os bônus sem depósito, em particular, permitem uma primeira exploração sem risco, sendo cada vez mais valorizados pelos jogadores menos experientes ou pelos que transitam das apostas desportivas para o casino.
Perfil socioeconómico e alterações no equilíbrio de género
A análise do perfil socioeconómico dos apostadores em Portugal mostra uma prevalência da classe média, sendo que 45% dos utilizadores ativos declaram rendimentos mensais entre €900 e €1.500. A faixa entre €1.500 e €2.500 corresponde a cerca de 30% do total, enquanto os restantes 25% referem rendimentos inferiores a €900. Este padrão coloca Portugal relativamente próximo da média europeia, embora com menor representação de jogadores da classe média-alta e alta em comparação com mercados consolidados como o francês ou o britânico.
Uma das mudanças relevantes nos últimos três anos prende-se com a distribuição por género. A percentagem de jogadores do sexo masculino desceu de 92% em 2022 para 85% em 2025, o que indica um aumento substancial da participação feminina. Este crescimento tem sido particularmente evidente nos jogos de azar não desportivos, como slots e roletas virtuais. As operadoras têm reagido com ofertas mais personalizadas, interfaces otimizadas e campanhas direcionadas para públicos diversos, colmatando um desequilíbrio histórico neste tipo de plataformas.
A coexistência de múltiplas contas por utilizador, comum em Portugal, também se manifesta neste cenário demográfico. Com 4,72 milhões de contas registadas, muitos apostadores recorrem estrategicamente a diferentes operadores, aproveitando bonificações, promoções exclusivas ou funcionalidades específicas de cada portal.
Utilizadores de promoções: frequência elevada e fidelização seletiva
Dentro do universo de jogadores ativos, destaca-se um subgrupo particularmente envolvido: os utilizadores de códigos promocionais. Este perfil é altamente sensível às ofertas de aquisição e retenção, revelando um comportamento distinto do apostador médio. Os dados de 2025 mostram que 47% destes utilizadores situam-se entre os 21 e os 28 anos, apresentando padrões de atividade superiores, com uma média de 3,4 sessões de aposta por semana.
Apesar da frequência elevada, o valor médio por aposta nestes casos é inferior ao observado no segmento geral, €8,50 contra os €12,20 clássicos. Tal disparidade denota uma estratégia mais conservadora e racionalizada, onde o objetivo passa frequentemente pela maximização das ofertas disponíveis, em detrimento de apostas avultadas.
Em termos de comportamento de fidelização, os resultados são polarizados. Cerca de 35% assumem-se como exploradores de promoções, alterando regularmente de plataforma à procura do melhor incentivo.
Retenção, depósitos e o impacto prolongado das promoções
Uma das métricas mais relevantes para as casas de apostas é a taxa de retenção dos jogadores após a ativação de uma oferta promocional. Em Portugal, cerca de 43% dos utilizadores de códigos continuam ativos aos 30 dias, número que cai para 31% aos 60 dias e para 24% aos 90 dias. Embora pareça uma queda acentuada, estes valores superam os índices médios do setor, o que confere legitimidade ao uso estratégico das promoções como ferramenta de engajamento.
O primeiro depósito médio para utilizadores de códigos situa-se nos €42, enquanto os depósitos subsequentes estabilizam na ordem dos €35 mensais. Estes números apontam para um padrão consistente de uso, contrariando a ideia de que os utilizadores promocionais seriam tendencialmente passageiros ou avessos à continuidade. Além disso, existe uma propensão clara à reutilização de ofertas: 67% dos utilizadores ativam uma segunda bonificação nos dois meses seguintes à primeira experiência.
Outro dado significativo é a taxa de transição para jogador habitual: 32% dos utilizadores que iniciam atividade com um código promocional tornam-se regulares, com oito ou mais depósitos nos seis meses seguintes. Esta taxa é considerada satisfatória pelas operadoras, pois representa um retorno significativo do investimento em incentivos de entrada.