28 Junho 2024, Sexta-feira

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António Costa e Ana Catarina Mendes no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS em Setúbal

António Costa e Ana Catarina Mendes no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS em Setúbal

António Costa e Ana Catarina Mendes no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS em Setúbal

Fotografia de Arsénio Franco

Debate sobre demografia, desigualdades e alterações climáticas foi marcado pelo IVA da electricidade, com Duarte Cordeiro e Mário Centeno a afastarem proposta de 6% do PSD

 

O PS encerra hoje dois dias das primeiras Jornadas Parlamentares em Setúbal. Os socialistas estão reunidos no Hotel do Sado, numa sessão que conta com a presença da líder parlamentar, Ana Catarina Mendes, e do secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa.

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As Jornadas decorrem sob o lema “Fazer no presente para construir o futuro”, e reflectem os quatro eixos estratégicos da legislatura, já incorporados na proposta de Orçamento do Estado para 2020.

Demografia e desigualdades, transição digital e alterações climáticas são temas em reflexão conjunta com deputados e governantes, entre eles Mariana Vieira da Silva, Pedro Siza Vieira e João Pedro Matos Fernandes. Presentes estão ainda os professores do ISEG, Carlos Farinha Rodrigues e João Peixoto, por sua vez da Academia de Código está Domingos Guimarães, e o presidente do Fórum da Energia e Clima, Ricardo Campos.

A síntese das conclusões das Jornadas Parlamentares será apresentada antes da sessão de encerramento, pela deputada Eurídice Pereira, Coordenadora do Grupo de Deputados do Círculo Eleitoral de Setúbal.

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IVA da electricidade dá ‘choque’ entre PS e PSD

Entretanto ontem, durante as Jornadas, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou que, se for aprovada a proposta do PSD para a redução do IVA da eletricidade de 23 para 6%, isso teria um custo de “774 milhões de euros ano”.

Para além desta estimativa, Duarte Cordeiro reforçou a tese de que essa proposta dos sociais-democratas é “ilegal”, e sugeriu que Bloco e PCP podem chumbar as medidas de compensação pela redução do IVA da electricidade propostas pelo PSD.

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“Não sendo possível a discriminação do consumo doméstico, essa proposta do PSD representa um impacto a partir de 01 de Julho de cerca de 334 milhões de euros. Num ano corrente, representará cerca de 774 milhões de euros”, defendeu o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Na sua opinião, apesar da redução do IVA da electricidade não constar do programa do Governo, o seu executivo tem procurado junto de Bruxelas “encontrar uma solução equilibrada” para a aplicação dessa medida de reduzir o IVA” da electricidade. Mas “a proposta do PSD não só ignora esse caminho e esse compromisso, como procura uma redução do IVA com enorme impacto orçamental”, disse.

Mário Centeno, presente nas Jornadas de Setúbal, também considerou a proposta do PSD “ilegal, violando a legislação nacional e europeia”, e acusou o PSD de “irresponsabilidade”, e apresentarem propostas de alteração ao Orçamento que agravam o défice em 2,2 mil milhões de euros. Um número que o deputado social-democrata Duarte Pacheco deu a entender ser inventado pelo ministro de Estado e das Finanças.

Ministra da Presidência afirma que combate à pobreza avança

À parte das questões do IVA da electricidade, e no âmbito das Jornadas, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que as políticas demográficas e de combate à pobreza e desigualdades avançam na proposta de Orçamento a uma “velocidade apreciável” e pediu um esforço para “explicar os objectivos” do Governo.

“Por mais que gostássemos em cada um destes caminhos de ir mais rápido, penso que estamos a ir na velocidade que conseguimos. E, para primeiro Orçamento desta legislatura, considero que estamos a ir a uma velocidade apreciável”, advogou.
Em relação à proposta de Orçamento do Estado, Mariana Vieira da Silva disse que se procura “dar passos significativos” face aos desafios demográfico e de combate à pobreza, desde logo “com a aposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Em matéria de demografia, a ministra de Estado e da Presidência apontou “os incentivos fiscais para o segundo e terceiro filhos” previstos na proposta do Governo de Orçamento, assim como o complemento creche, que “vai iniciar-se ainda neste ano de 2020”. A isto acrescentou que “há ainda um significativo reforço das políticas de habitação, não só reforçando o orçamento para essas medidas e para o arredamento acessível, mas também agindo sobre o mercado”.

Já no campo do combate às desigualdades, Mariana Vieira da Silva destacou medidas orçamentais em torno do complemento solidário para idosos, a conclusão da prestação social de inclusão e o aumento das pensões e a atualização do mínimo de existência. Distinguiu igualmente “o fim das barreiras para os alunos do ensino profissional no acesso ao ensino superior”.

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