Actriz fala sobre peça de teatro que estreou nos Açores
A missão maior do teatro em todo o mundo, e em todos os tempos, é a beleza. O teatro nasceu com o homem e a mulher sem palavras articuladas, com linguagens e línguas frágeis.
Catarina tem o Curso de Teatro do Chapitô de Lisboa, sendo que neste momento trabalha assim com leveza o trabalho de clown. Há uma ideia de comunidade tranquila, uma urbe agressiva, uma paisagem de vazios. O texto sem palavras faz-se de um encadeamento de momentos como pequenas cenas da personagem única.
Catarina trabalha em diversos colectivos, como Monstro Setúbal, Alma de Arame, Montemos o Novo Pia do Pinhal Novo e Lua Cheia teatro para todos em Setúbal.
Quais os teus sonhos com tantos projetos ao mesmo tempo?
“Eu escrevo os espetáculos, os movimentos, as ideias. Desenho e escrevo sobre o que desenho. Imagens fortes. Vivo tranquila.”, refere.
Catarina trabalha no teatro há 11 anos e começou na Capricho de Setúbal. Amijk, nas suas palavras, é um “espectáculo que fala da solidão e da procura, da pertença numa sociedade cada vez mais acelerada e consumista que quebra laços antigos e nos faz rever a ideia ou o ideal de comunidade. Através da busca do arquétipo do ridículo e da fisicalidade, chegar ao profundamente pessoal, ao mundo interior que mexe com a pertença, a solidão e, em última análise, a ausência. Interpelar a inquietante construção de um ego virtual em função de um outro que desconhecemos, mas no qual procuramos a aprovação, a aceitação e um ilusivo amor.”
O espectáculo foi estreado em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira nos Açores.
Direcção: Ana Brum; Interpretação: Catarina Mota; Música: Derek Nisbet; Operação Técnica: Álvaro Presumido; Co-Produção: Cães do Mar e SejaDonodoSeuNariz; Duração aproximada: 30 min; Classificação etária: M/3
Observação de Teatro:
José Gil – Professor Adjunto de Teatro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Actor e Encenador
Maria Simas – Actriz do Teatro do Politécnico IPS e Mestranda