Há professores a fazer formação sobre ecossistemas, alunos a receberem aulas enquanto navegam no Sado e visitas à população para transmitir ensinamentos sobre como não poluir os oceanos. O projecto é escolar, mas quer estender-se à cidade
Uma equipa de biólogos do Oceanário de Lisboa tem estado esta semana no Agrupamento de Escolas Ordem de Santiago, na Bela Vista, Setúbal, onde tem feito apresentações em sessões de vídeo e interactivas sobre curiosidades dos oceanos e bons comportamentos a ter para com este recurso, já reconhecido como em risco ambiental.
As acções são dirigidas aos alunos do ensino básico e secundário deste agrupamento, e terminam hoje. “O objectivo é desenvolver actividades relacionadas com o Planeta Oceano, sensibilizando para o proteger”, diz uma das coordenadoras do Projecto Saber (A)mar, trabalhado por Ana Nogueira e Vanda Alves, que está a crescer no agrupamento.
Aliás, os conhecimentos transmitidos pelos biólogos do Oceanário são a primeira folha deste projecto que vai envolver mais de 2 mil alunos, assim como os professores. Trata-se de um plano bianual que tem previstas várias actividades como saídas em que os alunos contactam com a comunidade local, nomeadamente sobre como evitar o uso de materiais plásticos.
Entretanto, no âmbito do projecto, os alunos vão construir materiais com informação sobre boas práticas ambientais a serem distribuídos pela população. No ano lectivo seguinte, irão fazer um grande inquérito que lhes forneça meios para elaborar uma estatística capaz de medir se os seus ensinamentos sobre comportamento ambiental foram acolhidos e levaram a alterações de comportamentos.
Entretanto, mesmo com o Saber (A)mar em fase de início, decorrem actividades em que os professores estão a fazer formação sobre ecossistemas, com o organismo Ocean Alive que, focado no Sado, promove a proteção do oceano através da educação marinha e da transformação de comportamentos.
“Temos alunos com mais idade que já acompanham os professores em barcos e recebem as aulas em pleno contacto com os ecossistemas”, diz uma das coordenadoras do projecto.