3 Maio 2024, Sexta-feira
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TAS festeja 48 anos já a pensar no cinquentenário que quer celebrar com o 25 de Abril

Aniversário foi assinalado com representação para convidados. Dirigentes destacam capacidade de renovação da companhia

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O Teatro de Animação de Setúbal (TAS) celebrou o 48.º aniversário este domingo numa sessão para convidados, no Teatro de Bolso, em Setúbal, em que o cinquentenário, que se aproxima, esteve bem presente.

“Os 50 anos do TAS coincidem com os 50 anos do 25 de Abril. Está tudo relacionado porque esta companhia é fruto do 25 de Abril, caso contrário não teria vindo para a província um grupo de jovens actores, em prol da descentralização, fazerem aqui uma companhia e que felizmente se mantém até hoje com muita resiliência de todos nós.”, disse a directora do TAS a O SETUBALENSE.

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Célia David acrescenta que organizar o cinquentenário da companhia e, em conjunto, da Revolução é a “ambição mais premente” do TAS a partir de agora. 

“Esperemos que essas comemorações sejam feitas condignamente e que haja apoio para que seja possível fazer uma programação relacionada com as duas efemérides, que se entrelaçam”, afirma.

A directora considera que, 48 anos depois da fundação, “temos o TAS com muita vivacidade, saudável e bastante jovem, apesar da idade, porque tem sido sempre renovado ao longo dos anos”. 

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Uma apreciação que Célia David fundamenta com os espectáculos mais recentes da companhia. “Dá para ver, aliás , com a representação de hoje [domingo] e com o número de pessoas que têm afluído ao Teatro de Bolso para ver este espectáculo, com as três sessões esgotadas também com ‘A Casa de Bernarda Alba’, apesar de ser um clássico e uma peça mais antiga, faz parte do reportório, e que fizemos no Fórum Luísa Todi também com sessões esgotadas”.

A ideia de que o Teatro de Animação de Setúbal tem sabido renovar-se, como novos elencos mas também do ponto de vista técnico e administrativo, é partilhada pelo presidente da companhia. 

“Contamos estar por cá mais 50 anos e, tudo aponta, com uma companhia renovada, que precisa de sangue novo, de gente nova, e é exactamente nisso que estamos a apostar, num novo reportório, como novos actores e técnicos e novas perspectivas de teatro, outras formas de ver e fazer o teatro e penso que o TAS tem sido um exemplo e uma escola que tem formado muitos actores que também têm disseminado este trabalho de divulgação dos grandes autores e dos novos autores”, afirma Duarte Vítor.  

O presidente do TAS faz questão de destacar o apoio do município. “Estamos sempre dependentes de apoios, contamos com o público há 48 anos, temos sempre também a câmara como parceiro, ao longos destes 48 anos nunca deixou de apoiar-nos.”, diz.

Por parte da Câmara de Setúbal, o vereador da Cultura garante que o apoio não faltará.

“Em tempo de aniversário, o que a câmara municipal pode dizer àquela que é uma companhia de teatro histórica e que tem um percurso absolutamente incontornável no panorama cultural da cidade, é que sabe que pode continuar a contar, como sempre, com a Câmara Municipal de Setúbal”, disse Pedro Pina.

“Quando olhamos para o TAS, uma companhia com 48 anos, dizemos que a nossa parte nunca abdicamos de a fazer mas também continuamos sem perceber porque é que a outra parte, o Ministério da Cultura, a Direcção Geral das Artes e o Governo, não têm tido essa capacidade de perceber o quanto importantes são estruturas como esta, com praticamente cinco décadas, e o que representam no desenvolvimento da cultura de um território”, acrescentou ainda o eleito municipal que rematou com a garantia de que “a câmara não vai desistir deste projecto, vão continuar a contar com a câmara como o seu principal parceiro, no futuro, como é no presente e foi no passado”.     

A festa dos 48 anos incluiu a representação da peça ‘Amor, café frio e torradas queimadas’, escrita e encenada por Miguel Assis, que é também um dos dois intérpretes, ao lado de Andreia Trindade. No final do espectáculo, os elementos da companhia e os convidados cantaram os parabéns e partilharam o bolo.  

No final da representação, Miguel Assis recordou Carlos Cesar, fundador e primeiro director do TAS. 

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