20 Abril 2024, Sábado
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Centenas de mulheres do distrito em manifestação nos Restauradores

Regina Marques, dirigente do movimento, considera que o ajuntamento do próximo sábado é o culminar das nossas celebrações de dia 8

 

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As mulheres do distrito vão concentrar-se no próximo sábado nos Restauradores, em Lisboa, numa manifestação organizada pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher. De Setúbal está previsto partir um autocarro da Junta de Freguesia de São Sebastião, às 13h30, em direcção à capital.

Sobre este evento, Regina Marques, da direcção e do secretariado nacional do MDM, disse a O SETUBALENSE que o objectivo é juntar todas as reivindicações femininas num só local. “Dia 11 acontece o culminar das nossas celebrações de dia 8. É uma manifestação nacional de mulheres que no fundo vai congregar todas as nossas preocupações, reivindicações, objectivos, para que no fundo esta data possa colocar à nossa volta um conjunto alargado de mulheres de toda a zona sul”. Na manifestação, esperam-se cerca de 400 mulheres dos concelhos de Barreiro, Seixal, Almada, Setúbal, Palmela, Alcácer e Grândola.

Para hoje, está programada uma caminhada com início às 9h30 na Praça do Bocage, esta “é uma iniciativa conjunta das MDM e juntas de freguesia”, revela Regina Marques. No mesmo dia, o movimento vai almoçar ao Bairro da Bela Vista no âmbito do programa ‘Nosso bairro, nossa cidade’, evento onde “já estão inscritas cerca de 80 mulheres”.

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Ainda na cidade de Setúbal, a 12 de Março, “vamos fazer uma caminhada, também na praça do Bocage, uma caminhada que vem de São Sebastião e acaba na praça”.

Para a dirigente do MDM, estas acções têm uma grande importância no que é o avanço das conquistas das mulheres, porque, segundo a própria, todos os direitos conquistados foram através da luta. “As conquistas que fizemos foram com muita luta, umas vezes mais individual outras mais colectivas. Nós acreditamos que as coisas podem mudar, porque nada até agora se conquistou sem luta, o dia 8 de Março tem exactamente essa simbologia. Quando se comemora este dia, é também para lembrar as lutas e aquilo que foi o sacrifício de muitas mulheres para hoje termos alguns direitos”.

Numa época em que se vive as consequências económicas da guerra na Ucrânia, e com a recuperação da económica depois da pandemia da Covid-19, Regina Marques considera que as mulheres acabam por ser muito afectadas por estas situações. “São as mulheres, em todos os domínios, que são prejudicadas sempre que há retrocessos e atrasos na sociedade”.

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“Como dizemos no MDM, somos trabalhadoras, somos mães e somos cidadãs, cidadãs de corpo inteiro”. O movimento, por não compactuar com o que consideram ser a desigualdade para com as mulheres, dizem que “esta luta é pelo estatuto de igualdade, pelo estatuto de dignidade, pelo respeito às nossas especificidades”.

Em causa, estão principalmente problemas que se prendem com a igualdade salarial e o direito ao trabalho. “Há muitos retrocessos nos direitos das mulheres, nós conquistamos muitas coisas pela luta, conquistamos direitos que estão hoje consignados na Constituição. Mas relativamente ao direito ao trabalho, trabalho igual salário igual, que está consignado, mas que não está ainda concretizado, e que ultimamente, nos tem causado problemas exacerbados”.

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