19 Abril 2024, Sexta-feira
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Xoto cria álbum centrado no universo do hip-hop durante a frágil realidade da pandemia

“Memento Mori” é o quatro álbum do setubalense de 37 anos, que se intitula de músico amador

 

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Pedro Peixoto nasceu e viveu quase sempre – com excepção dos cinco anos em que andou por Espanha – em Setúbal. Tem 37 anos e divide a sua vida entre o trabalho numa empresa química e a paixão que tem pela música.

Com o hip-hop a ser o seu universo musical, acaba de lançar o seu quarto álbum, intitulado “Memento Mori”, todo concebido durante a realidade frágil da pandemia. Chama-se Pedro Peixoto, mas responde artisticamente por ‘Xoto’.

É um músico amador, porque, segundo o próprio, “amador é aquele que ama e que faz um trabalho com amor”. Em 2010, a meio do tempo em que viveu na Galiza, avançou com o seu disco de estreia.

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“Despertar” foi o título de um trabalho muito pessoal, intimista, centrado no universo afectivo de Pedro Peixoto, que diz ter sido um “trabalho bastante inocente” e que ainda assim chamou a atenção das gerações mais jovens de Setúbal.

Já regressado à cidade sadina, com ideias mais claras do caminho escolhido, edita “Recomeçar”, álbum que reflecte um olhar sobre o universo cultural e social da sua cidade natal.

O disco, rodeado de peripécias no final da sua concepção, surgiu então integrado no projecto Ignis Verbis, decorria o ano de 2017. No ano seguinte, o terceiro álbum – “Acreditar” – é editado e completa um certo conceito de trilogia, inspirador para o músico: Despertar, Recomeçar, Acreditar.

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A música e as palavras resultam de um olhar pessoal, atento e crítico para o mundo, para as origens, as ideias, a vida, a morte e as histórias que suportam os estados de alma.

E se, por um lado, os estados de alma podem reflectir alguma insatisfação, quer quanto ao mundo, quer quanto ao meio musical e as suas formas de divulgação, “as plataformas de divulgação estão controladas e fechadas em grupos de amigos e nada receptivas a novas ideias ou novos projectos”, afirma Xoto.

Quanto ao conteúdo do seu trabalho e qual a sua inspiração artística, os estados de alma assumem-se seguros e determinados, tanto que suporta financeiramente as edições, como forma de assumir uma obra sem cedências.

“Preciso de trabalhar em outras actividades, para sustentar a carreira musical. Para viver da música teria de mudar a minha forma de escrever, de fazer música, e aí já não seria a mesma coisa”, diz o músico. “Eu não vivo da música, mas durmo descansado”, remata, com orgulho na sua obra.

“Memento Mori”, envolto num universo místico, salpicado de uma atmosfera “dark”, justifica uma audição atenta, numa introspecção pouco usual e pouco imediatista, situações também pouco comuns no universo musical do hip-hop. *Opinião Musical

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