19 Abril 2024, Sexta-feira
- PUB -
InícioLocalAlmadaNovo Plano Director de Almada vai reforçar ambiente e economia circular

Novo Plano Director de Almada vai reforçar ambiente e economia circular

O técnico Duarte Mata, da Câmara de Almada, diz que as autarquias têm responsabilidade na defesa do Planeta, e é isso que o futuro PDM do concelho prevê

- PUB -

A revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Almada está neste momento “a ser concluída”, e “plasma vários modelos territoriais” planeados com base em “eixos ambientais, climáticos, biodiversidade e serviços de ecossistemas”, adiantou Duarte Mata, director do Departamento de Inovação, Ambiente, Clima e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Almada, durante as XXVIII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental.

Estes eixos são “alicerçados em políticas onde se espacializarão os corredores verdes, espaços de agricultura urbana com enquadramento na economia circular com destaque para os produtos locais, reutilização, redução de resíduos e empregos verdes”, acrescentou o técnico de ambiente que vê nas autarquias “muitas competências que podem fomentar a qualidade de vida das pessoas, das comunidades e trabalhar pela sustentabilidade”.

Focando a ideia de que “não há Planeta B”, a qual tem sido muito divulgada por especialistas e jovens com preocupação ambiental, Duarte Mata defendeu nas jornadas que “cabe às autarquias um trabalho local pela intervenção global”, e sublinhou que esse “é um dos desígnios de Almada”; definir um território que seja “a imagem daquilo que se pretende para o Planeta”, sendo este um futuro que “não se pode protelar”.

- PUB -

Com base nestes conceitos, o documento orientador do ordenamento do território de concelho, além de apostar em energias renováveis, “pretende abrir espaço para a qualificação da frente atlântica de Almada”, conjugando o capital natural de biodiversidade com “todos os que nele vivem e dependem, como pescadores e o turismo sustentável, gerando emprego e atracção territorial”.

E acrescenta: “É preciso fazer a descarbonização, e uma alteração do uso do solo de forma a criar inovação, economia circular e apostar na regeneração urbana. Isto significa envolver as comunidades locais”.

Na mira do município está assim “lançar um plano climático ambicioso e realista que traga as comunidades para o seu cumprimento”. Porém, é necessário resolver aquilo a que o director do Departamento de Inovação, Ambiente, Clima e Sustentabilidade do município considera ser uma “fragilidade dos modelos territoriais”: a “mobilidade”.

- PUB -

Por isso diz que o novo PDM de Almada “tem de ser capaz, a par das instituições intermunicipais como a Área Metropolitana de Lisboa, de promover essa alteração modal para um modelo sustentável do transporte público colectivo, em detrimento das deslocações em automóveis”. Ao mesmo tempo, avança que o espaço público tem de ser pensado tanto para as pessoas poderem andar mais a pé como de bicicleta.

Organizadas pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), esta edição das jornadas nacionais decorreu no Instituto Jean Piaget do Sul, no Pragal, Almada, entre 8 e 10 de Abril, e debateu o tema “Educação Ambiental e Cultura Democrática”.

Na sessão de abertura participaram, além de Duarte Mata, Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, Clementina Nogueira, directora do Instituto Jean Piaget do Sul, Eulália Alexandre, representante da Direcção Geral da Educação, Francisco Teixeira da Agência Portuguesa do Ambiente, José Alho, representante da CCDR-LVT, e Serhii Koroluik, primeiro Secretário dos Assuntos Económicos da Embaixada da Ucrânia.

Joaquim Ramos Pinto quer todos mais envolvidos nas políticas pelo ambiente

Referindo-se à importância das XXVIII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental, Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, referiu que estas “vêm num momento em que o Planeta está a enfrentar várias crises”, tanto de “direitos humanos como ambientais”. E destacou a importância de “mobilizar a sociedade para melhor encontrar soluções no presente a pensar no futuro”.

Neste contexto, frisou que “é preciso trazer as crianças e os jovens para o debate e construção de políticas públicas para as gerações futuras”.

Depois de referir a importância do envolvimento do poder central e local, das escolas e organizações nas políticas de ambiente, apontou o caso da Câmara de Almada lembrando o “bom trabalho feito na educação ambiental”.

Mas deu a ideia de que a autarquia almadense poderia fazer melhor quando disse: “Não perca o que tem feito de bem, não perca o capital que tem e reforce a educação ambiental na comunidade”. E a isto acrescentou: “Gostaria muito de ver o município de Almada, como outros, com uma estratégia de educação ambiental a pedir mais colaboração às Organizações Não Governamentais de Ambiente”, porque estas “não são um impedimento ao desenvolvimento dos territórios”.

 

- PUB -

Mais populares

Cravo humano ‘nasce’ no areal da Praia de Albarquel

Cerca de quatro centenas de trabalhadores da autarquia juntaram-se após uma caminhada de três quilómetros

José Mourinho: “Dá-me prazer que as pessoas conheçam as minhas origens”

Técnico sadino em Setúbal para gravar com a Adidas e “mostrar ao mundo” a cidade onde nasceu e cresceu

Autoridades suspeitam ter encontrado corpo de mariscador desaparecido em Montijo

Cadáver foi descoberto a flutuar no Tejo, em frente ao Terreiro do Paço
- PUB -