Sem esquecer emoções nem a dor e carências dos que, “mais perto ou mais longe de nós, são nossos irmãos”
Em véspera de Sexta-feira Santa, 15 de Abril, seguida do Domingo de Páscoa, o administrador Diocesano de Setúbal, Padre José João Aires Lobato, deixou como mensagem aos católicos que celebrem na ressurreição de Jesus Cristo, “a vida, o amor, a alegria”.
“Celebraremos a Páscoa com Cristo morto, mas ressuscitado; vítima de atrocidades, mas obediente ao Amor misericordioso do Pai que a todos quer salvar”.
O Padre José João Aires Lobato refere as “crises económicas, pandemia, guerra, com as dificuldades, os sofrimentos e as mortes que têm gerado”, e lembra o “apelo muito sugestivo para o tempo presente”, deixado por S. João Paulo II, ao iniciar o novo século e novo milénio. “Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se um novo milénio como um vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo”.
Aponta ainda que a celebração da Páscoa “não [pode ser feita] na superficialidade das emoções, nem na insensibilidade às dores e carências dos que, mais perto ou mais longe de nós, são nossos irmãos”.
Por fim, aponta que a Diocese de Setúbal, na Páscoa de 2022, está a viver a chamada “sede vacante”, uma vez que está sem Bispo, depois da saída de D. José Ornelas, também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, ter sido ordenado pelo Papa Francisco para dirigir a Diocese de Leiria-Fátima, substituindo o cardeal D. António Marto.
“Trata-se de uma situação prevista no direito da Igreja e necessária em certas circunstâncias, mas não desejável sobretudo se for prolongada”. E diz ainda: Apesar desta contrariedade, não deixámos de ser Igreja convocada, unida e reunida na comunhão com a Santíssima Trindade”.
Evocando a oração, o Padre José João Aires Lobato refere que enquanto se “aguarda a chegada de um novo Bispo”, neste tempo sinodal, os fiéis continuam “convocados pelo Santo Padre e pelo anterior Bispo [de Setúbal]”.
E nestas orações: “Pretendemos confiar a Deus a escolha do nosso novo Bispo e, para nós, pedimos ao Espírito Santo os dons da esperança, da alegria e da disponibilidade para acolhermos filialmente o nosso novo Bispo e com ele continuarmos a trabalhar para a unidade e a missão desta Igreja que peregrina em terras de Setúbal”.
