As crianças já têm resposta da parte das escolas e os adultos têm empresas a preparar postos de trabalho
O Concelho de Alcochete tem, até ao momento, registados 12 adultos refugiados da guerra na Ucrânia, e 16 crianças, entre os 7 meses e 12 anos. Com as crianças já integradas no pré-escolar e noutros níveis de ensino obrigatório, a autarquia conjuntamente com outras entidades está a trabalhar na integração destas pessoas, tanto a nível de habitação como em emprego.
Neste sentido, avança o presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, que o Gabinete de Apoio ao Empresário e Empreendedorismo da autarquia, está agora também focado na “integração profissional dos cidadãos refugiados da Ucrânia, dentro da estratégia de acções da Câmara Municipal”.
O objectivo, explana, é “garantir uma rápida e completa integração” destas pessoas, e, para isso, “o gabinete solicitou aos empresários locais que manifestassem intenções de acolhimento de vagas profissionais disponíveis nas suas empresas”.
Revela o autarca que, neste momento, já foram apresentadas “nove ofertas directas da parte de empresários locais”, e mais “34 ofertas de emprego provenientes do Instituto de Emprego e Formação Profissional”, em consonância com a Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Ao mesmo tempo, neste contexto de ajuda humanitária, a Divisão de Intervenção Social da Câmara Municipal está a elaborar o “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos”, para se apresentarem às ofertas de emprego disponíveis.
“Alcochete assume um compromisso de apoio à integração profissional destes cidadãos, garantindo-lhes um acolhimento o mais completo e transversal possível”, afirma convictamente Fernando Pinto.
Entretanto, a vice-presidente da Câmara, Maria de Fátima Soares, avança que, a 21 de Março, reuniram as entidades envolvidas no Centro Local de Apoio Social (CLAS), onde foi decidido que o Centro Comunitário Cais do Sal vai estar na “primeira linha de acolhimento” aos refugiados ucranianos, isto aproveitado o historial do centro no apoio à integração de migrantes. Aqui vão ser prestadas informações em diferentes áreas, e ainda ajuda na inscrição na Segurança Social e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Aliás, nesta primeira linha vai estar uma técnica do Instituto de Segurança Social para “desenvolver medidas de apoio económico a estes cidadãos”, um atendimento que acontece às quintas-feiras na Junta de Freguesa de Alcochete. Um espaço onde também vão decorrer acções de formação de língua portuguesa para estrangeiros.
Também o ACES do Arco Ribeirinho, juntamente com o Centro de Saúde de Alcochete, está a definir medidas de apoio a estes cidadãos quer nos casos de doenças crónicas, quer ao nível de vacinação, uma vez que este programa na Ucrânia é diferente daquele que decorre em Portugal.