20 Abril 2024, Sábado
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Cristina Branco em concerto no Teatro Joaquim Benite a 5 de Março

A cantora é um dos nomes mais importantes da música portuguesa das últimas décadas, mas ainda pouco falada por cá

 

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Cristina Branco ao vivo no Teatro Joaquim Benite, no próximo 5 de Março, é sem dúvida um grande evento cultural em Almada.

O concerto, incluído na tour de apresentação de “Eva”, o seu mais recente trabalho, lançado em 2020, assume um papel de relevo, no ano em que a cantora comemora 25 anos de carreira.

E no primeiro semestre de 2022, Cristina Branco vai estar em palcos de Portugal, Hungria, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia e Suíça, onde terá programadas várias dezenas de concertos ao vivo.

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A cantora é um dos nomes mais importantes da música portuguesa das últimas décadas. Começou a carreira na Holanda, onde gravou, em 1997, o disco “Cristina Branco in Holland”, um sucesso naquele país, onde atinge de imediato um estatuto de relevo.

Começa uma onda de concertos e de sucesso por toda a Europa, cimentados com os álbuns “Murmúrios” (1998) e “Post-Scriptum” (2000), e é galardoada pela prestigiada revista francesa Le Monde de La Musique.

E aqui permito-me contar uma história: em 2001 ao entrar no Louvre em Paris, deparei-me com uma loja quase coberta de fotos e de discos de Cristina Branco, nome do qual nunca tinha ouvido falar.

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Mas a surpresa estendeu-se a outros locais de culto parisienses, onde Cristina Branco era a estrela. Por cá, nem sinais desta cantora, mas as edições continuam: “Corpo Iluminado” (2001), “O Descobridor” (2002), “Sensus” (2003) e Ulisses (2005), começam a revelar a cantora na sua própria casa.

Entretanto, no ano de Ulisses, tive oportunidade de ver em Amesterdão quão grande era a dimensão de Cristina na Holanda. Uma nota para esta discrepância de entre Portugal e a Europa: as questões editoriais, levou a difícil tarefa de encontrar discos em Portugal.

É algo inexplicável, é algo que a própria Cristina Branco nunca entendeu, conforme ela própria referiu nas conversas que mantivemos há uns anos atrás. Mas “Ulisses” marca a descoberta portuguesa, para o que muito contribui a apresentação regular em Lisboa, fazendo concertos de apresentação sempre que um novo álbum era gravado, o que acontece até hoje.

Em 2007 foi editado o álbum “Abril” com versões de músicas de José Afonso, e dois anos mais tarde chega “Kronos”. Em 2011, um álbum que marcou uma mudança de roupagem musical que ia muito além do Fado, mas que, simultaneamente, se mantinha no fado: “Não há só Tangos em Paris” (2011), o seu décimo álbum de estúdio que conta com a colaboração de nomes como Mário Laginha, Carlos Tê e Pedro da Silva Martins.

Entretanto, concertos integralmente com temas de José Afonso e Chico Buarque, mostram e confirmam o seu talento e sensibilidade musical e poética.

Em 2016, “Menina” é considerado o Melhor Disco do Ano pela Sociedade Portuguesa de Autores e marca o início de uma trilogia, que teve sequência com o álbum “Branco” (2018) e “Eva” (2020).

Novas abordagens musicais e poéticas, em colaborações inusitadas, que atravessam estilos, culturas e geografias e que resultam em interpretações únicas e intimista de Cristina Branco.

Cristina Branco é um dos raros nomes dos quais nunca vimos demasiados concertos. Como tive oportunidade escrever a propósito de um dos, mais de uma dezena dos seus concertos, ela anda sempre pela Europa, mas de vez em quando regressa para um encontro em Portugal.

Podemos não saber quando é o próximo encontro, mas que vai ocorrer, não há dúvidas. E o próximo encontro será já a 5 de Março, em Almada. O concerto, com início às 21h00, tem o preço único de 17 euros, havendo descontos para jovens e seniores.

Opinião Musical

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