24 Abril 2024, Quarta-feira
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Nova escola do IPS vai preencher lacuna de formação de nível superior existente em Sines

O projecto tem como objectivo qualificar os recursos humanos para os vários investimentos previstos para a região

 

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O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e a Câmara Municipal de Sines assinaram, em Julho, um protocolo de colaboração para a instalação de uma nova escola de ensino superior na cidade do Alentejo Litoral.

A nova Escola Superior de Sines tem como principal objectivo a qualificação de recursos humanos para os vários investimentos previstos para a região.

Com financiamento do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a futura escola, que vem preencher a lacuna de formação de nível superior existente nesta sub-região alentejana, prevê uma oferta abrangente em áreas como tecnologia, informática, digital, energia, turismo e bem-estar, mar, logística e sustentabilidade, através de cursos de licenciatura, mestrados, pós-graduações e cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP).

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O projecto de parceria para a nova escola superior do IPS em Sines representa um investimento de cerca de cinco milhões de euros e, segundo o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, um “factor de desenvolvimento e competitividade regional para todo o Alentejo Litoral, onde se destacam investimentos como o centro de dados Sines 4.0, a nova fábrica de indústria aeronáutica da Lauak, em Grândola, o projecto de ampliação da Repsol Polímeros, o crescimento do porto de Sines e outros na área do turismo e da energia”.

Nas suas palavras, o IPS tem “uma responsabilidade acrescida de responder aos desafios e às necessidades de qualificação da região e o Alentejo Litoral e Sines têm um dinamismo económico muito significativo e os investimentos que estão a concretizar-se na região e aqueles que estão anunciados obrigam de uma forma muito vincada a um incremento das qualificações e à disponibilização de recursos humanos qualificados para responder a esses mesmos desafios”.

O presidente da instituição de ensino setubalense espera que aquela que será a sexta escola superior do IPS “e que faz parte do plano de actividades para 2021 seja aprovada pelo Conselho Geral até ao final do ano”.

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O IPS ficará responsável pela gestão científica, pedagógica e técnica da escola, enquanto a Câmara Municipal de Sines terá a construção da mesma sob a sua responsabilidade.

De acordo com Nuno Mascarenhas, presidente do município sineense, “a fixação em Sines de uma instituição de ensino superior era uma antiga ambição de Sines e da região, que entra, de facto, na era da inovação e para isso uma escola superior, comprometida com o território e com as suas empresas, é uma mais-valia muito grande”.

“Mais um passo na democratização do acesso à formação superior”

“A escola superior que o Instituto Politécnico de Setúbal pretende instalar em Sines vem completar um ciclo educativo e formativo onde já figurava o ensino obrigatório, o ensino profissional e tecnológico, a formação ao longo da vida e a qualificação dos activos”, refere o presidente do município de Sines, que reunia até agora “um ecossistema onde estava a Escola Tecnológica do Litoral Alentejano e o Sines Tecnopolo, por exemplo, onde o próprio Politécnico já estava muito presente, nomeadamente através da fixação de CTeSP no concelho”.

Desta forma, o autarca explica ainda que “quem optar pelas áreas que a escola superior vai privilegiar poderá fazer todo o seu percurso formativo em Sines, junto da principal bacia de emprego, investigação, desenvolvimento e tecnologia da região”.

A instalação desta nova escola em Sines representa ainda, nas palavras de Nuno Mascarenhas, “mais um passo na democratização do acesso à formação superior. Temos a expectativa de que famílias que tinham mais dificuldade em suportar os estudos dos seus filhos fora de Sines, o consigam agora fazer, aumentando assim o leque de jovens da região que têm oportunidade de prosseguir estudos superiores”, sem esquecer a “componente de qualificação da rede institucional e económica do território, onde o sector público, as empresas, a sociedade e a academia estabelecem sinergias, redes, promotoras de desenvolvimento, inovação e empreendedorismo”.

Sobre a localização, Nuno Mascarenhas diz que “existe uma localização indicativa, privilegiada, junto às escolas e às empresas”. Universidade sem muros ao serviço da região “Esperamos, já a partir de Janeiro, no Sines Tecnopolo, na Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA) ou noutros parceiros, começar a desenvolver pós-graduações e apostar na formação ao longo da vida”, refere Pedro Dominguinhos, para depois acrescentar que “no próximo ano pretendemos apresentar junto da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior as primeiras licenciaturas para serem leccionadas em Sines”.

O objectivo é que o edifício da nova Escola Superior possa estar construído até final de 2023, “num conceito muito claro de uma escola sem muros – university without walls – ao serviço da região, e onde os docentes, estudantes e actores relevantes do território desempenham um papel fundamental, a nível de investigação, empreendedorismo e prestação de serviços”.

Este conceito permite “interacção permanente” e encarar a escola como “elemento de partilha e de construção de conhecimento ao serviço da região”.

No entender do presidente do IPS, “cada vez mais as regiões são ecossistemas de conhecimento onde temos diferentes actores que têm de estar todos eles interligados, criando as sinergias necessárias para a construção de respostas necessárias à criação de regiões mais competitivas”.

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