29 Março 2024, Sexta-feira
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O “Setúbal” partiu rumo ao Golfo da Guiné para missão de três meses com exercícios internacionais

Embarcação tem 58 militares e trata-se de uma unidade “não combatente” com vocação para “exercer funções de autoridade do Estado”

 

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O ministro da Defesa João Gomes Cravinho desejou “mar chão e ventos de feição” ao navio-patrulha oceânico “Setúbal” que largou ontem da Base Naval de Lisboa para uma missão europeia, em novos moldes, de três meses no Golfo da Guiné.

A mais recente embarcação da Armada portuguesa, construída nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e ao serviço há pouco mais de dois anos, vai participar em “exercícios internacionais, acções de cooperação e de presença naval em Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Guiné-Bissau, Nigéria e São Tomé e Príncipe”, tratando-se da primeira presença marítima coordenada da União Europeia (UE), um “projecto-piloto” da Presidência Portuguesa da UE.

“Com esta missão Mar Aberto, vamos inaugurar uma etapa nova da UE em termos de capacidade marítima. Em vez das diversas marinhas dos países europeus fazerem as suas missões de forma independente, autónoma, desconectada umas das outras, passam a coordenar as presenças, calendarizando-as, de modo a que haja continuidade e passando informação de modo a aumentar conhecimento situacional. Se tiver sucesso, [a nova fórmula] pode ser replicada noutras regiões”, disse Gomes Cravinho.

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Segundo o responsável governamental, “a zona do Golfo da Guiné, infelizmente, tem-se revelado de grande instabilidade, com 95% dos casos de pirataria mundial”.

“80% do comércio externo da UE vai por via marítima e uma parte passa pelo Golfo da Guiné, além de haver vários países que nos são muito próximos: Cabo Verde não está longe, a Guiné-Bissau está ali também. É uma região de grande interesse para nós”, justificou o ministro.

O “Setúbal” é comandado pelo capitão-de-fragata Dias Marques, com uma guarnição de 58 militares, “incluindo uma equipa de abordagem, uma equipa de mergulhadores, um médico naval e ainda um aspirante a oficial da Escola Naval em estágio”. Trata-se de uma unidade “não combatente” com vocação para “exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional”.

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“À guarnição do Navio da República Portuguesa ‘Setúbal’, reitero os meus agradecimentos em nome do Governo e dos portugueses pelo vosso serviço. O vosso sentido de dever e o brio com que desempenham as vossas funções, na esteira de valorosos navegadores na nossa História, servirá para reiterar a imagem de rigor e profissionalismo da nossa Marinha, que muito nos orgulha”, afirmou ainda Gomes Cravinho.

Esta embarcação está apta para “tarefas de busca e salvamento Marítimo, fiscalização da pesca, controlo dos esquemas de separação de tráfego, prevenção e combate à poluição marinha, prevenção e combate a actividades ilegais como o narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos”.

O NRP (Navio-Patrulha Oceânico) Setúbal, que largou da Base Naval de Lisboa, Alfeite, Almada, tem 83 metros de comprimento, um calado (parte submersa da quilha) de quase quatro metros e atinge uma velocidade máxima de 21 nós (perto de 40 km/h), dispondo ainda de duas metralhadoras Browning de 12.7 milímetros como armamento.

HPG // SF // Lusa

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