28 Março 2024, Quinta-feira
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Êxitos do Benfica no ténis de mesa têm ‘mãozinhas’ da região

O responsável pelos escalões de formação e equipa sénior no clube encarnado é do Montijo. Destaca o feito alcançado no último mês pelos juniores e o contributo decisivo de José Pedro Francisco, jovem jogador setubalense que somou por triunfos os jogos disputados 

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Não foi preciso ir até ao fim do mundo ou sequer até ao fim da rua, ao DIÁRIO DA REGIÃO bastou bater na porta ao lado para encontrar um dos principais responsáveis pelos mais recentes sucessos do Sport Lisboa e Benfica no ténis de mesa. Residente no Montijo, Paulo Marques, 52 anos, é coordenador técnico – dos escalões de formação e também da equipa sénior – no clube encarnado e voltou a festejar, em Fevereiro último, a conquista de mais um título nacional que fugia às águias há mais de duas décadas.

“A nossa equipa de juniores sagrou-se campeã nacional,depois de uma jornada bem sucedida nos dias 17 e 18, acabando por conquistar um título que não vencia há 23 anos”, lembra Paulo Marques, salientando o embate da meia-final: “Foi uma final antecipada, que vencemos frente ao S. Roque da Madeira. No dia seguinte, diante do 1.º de Maio, também da Madeira, arrebatámos o título, contra tudo e contra todos.”

Um título com sabor especial, até porque, defende o coordenador técnico das águias, a equipa benfiquista apresentava “apenas um jogador da Selecção Nacional ao invés, por exemplo, da equipa de S. Roque, que contava com três”.

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O contributo da região no êxito dos encarnados não se resume apenas ao trabalho desenvolvido por Paulo Marques. O responsável destaca a preponderância do jovem José Pedro Francisco, 17 anos, de Setúbal, que integrou a equipa composta ainda por Hugo Santos, Duarte Costa e André Venâncio.

“O José Pedro Francisco, que é da nossa região, de Setúbal, internacional e campeão nos vários escalões, com pódios conquistados em ‘pro-tours’, registou uma prestação de excelência. Só somou vitórias, não perdeu qualquer encontro ou set, o que diz bem do valor deste jovem atleta”, realça o coordenador técnico que já leva mais de 40 anos de ligação à modalidade.

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“Temos colhido frutos”

Paulo Marques – que iniciou-se na modalidade em 1976 como jogador ao serviço do extinto Palmeiras, do Montijo – não esquece também a época transacta, que ficou marcada pela conquista de um outro marco histórico.

“Vencemos o título individual do campeonato nacional de seniores o ano passado, que o cube tinha conseguido pela última vez há 42 anos”, recorda, ao mesmo tempo que salienta o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde que chegou aos encarnados.

“Há 10 anos o ténis de mesa do Benfica estava na II Divisão. Estivemos quatro anos para subir ao escalão principal, onde nos temos mantido com jogadores com uma média de idades inferior a 19 anos”, salienta, debruçando-se de seguida sobre as categorias jovens: “Fizemos uma reestruturação completa nos escalões de formação e temos vindo a colher frutos. Temos conseguido pódios nos opens, basicamente de há três anos a esta parte. A aposta do clube é na formação.”

Instado a recordar o seu percurso como atleta, Paulo Marques puxa pelos galões: “Como jogador ganhei tudo o que havia para ganhar em Setúbal. Fui campeão regional de Setúbal quatro anos consecutivos e estive 10 anos sem perder um jogo, ao serviço do Ginásio Clube do Sul.”

O currículo do montijense, enquanto atleta, não se ficou por aí. “Também fui campeão nacional de seniores quatro anos no Sporting, campeão nacional da II Divisão no Ginásio Clube do Sul, além de campeão nacional de veteranos em 2011, quando arrumei a raqueta”, conta, sem esquecer outros clubes que representou, como o extinto Palmeiras (onde se iniciou), o Bons Amigos, o Ferroviários de Vendas Novas e o Vitória de Setúbal.

‘Palmeira de Prata’ sem esquecer origens

Paulo Marques não esquece as origens e lembra como se apaixonou pela modalidade. “Alfredo Reis, do Montijo, foi quem me impulsionou. Foi com ele que aprendi as bases, a educação, no ténis de mesa. Sou ‘Palmeira de Prata e ele é de Ouro, galardões máximos que o Palmeiras, já extinto, podia atribuir”, lembra com saudade, acrescentando: “Olhando para trás, não posso deixar de agradecer a todos os meus antigos companheiros, sem esquecer o Paulo Calapês, com quem fui campeão nacional de pares e que infelizmente já não está entre nós.”

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