A “Casa da solidariedade”, como lhe chama o Bispo de Setúbal, lembrou antigos directores e funcionários, agradeceu aos actuais e promete honrar o seu ADN de missão social, disse Natividade Coelho
A 7 de Novembro de 2012, lia-se no Diário da República: “É classificado como monumento de interesse público o edifício do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Setúbal, na Praça da República, na Rua de Cláudio Lagrange e na Rua do Regimento de Infantaria 11, em Setúbal, freguesia de São Julião, concelho e distrito de Setúbal (…)”.
É este edifício, inaugurado a 15 de Novembro de 1969, que acabou de celebrar 50 anos. A “Casa da Solidariedade” como lhe chamou o Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, na sexta-feira, na cerimónia de aniversário onde deu a sua bênção a esta construção modernista do arquitecto Raul Chorão Ramalho.
Inaugurado pelo ministro da Saúde e Assistência e Previdência Social de então, Baltazar Rebelo de Sousa, pai do actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, este edifício que durante muitos anos foi conhecido como Caixa de Previdência, veio aglutinar todos os serviços da Segurança Social que se espalhavam por várias ruas da cidade de Setúbal. Em forma quadrangular que se desenvolve a partir de um centro ajardinado, este é a sede da Segurança Social dos treze concelhos do distrito de Setúbal.
“Uma obra inovadora”, lembra Leonor de Freitas, conhecida vitivinicultora proprietária da Casa Ermelinda de Freitas, em Palmela, que andava no ensino secundário quando assistiu à construção do edifício. Anos mais tarde, já com a formação de Assistente Social, veio a trabalhar ali na área da saúde. “Foram mais de 20 anos numa ligação estreita com a Segurança Social”, contava durante a cerimónia dos 50 anos do edifício.
Construído em terrenos do Porto de Setúbal, pelo que a cerimónia contou com a presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Lídia Sequeira, o assinalar desta data foi realçado como o “aniversário do património material da Segurança Social de Setúbal, mas, também, o seu património imaterial”, dizia Natividade Coelho, directora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social.
Depois de se referir aos ex-directores deste serviço, alguns deles presentes na cerimónia, Natividade Coelho apontava para as fotografias de vários ex-funcionários coladas nos pilares do átrio central e ao mesmo tempo que elogiava o trabalho da actual vasta equipa, referia que a missão do Instituto de Segurança Social é garantir a procteção e a inclusão social das pessoas, reconhecendo os seus direitos, assegurando o cumprimento das obrigações contributivas e promovendo a solidariedade social”.
E garantia que todo este trabalho é feito com “humanismo – porque valorizamos as pessoas -, com ética – porque agimos com integridade -, com confiança – porque geramos confiança -, com respeito – porque respeitamos a diversidade – e com solidariedade – porque somos solidários”. E acrescentava: “Estes são os nossos valores, e é assim que honramos o nosso ADN”.
Para além de muitos trabalhadores da “Casa da Solidariedade”, estiveram Catarina Marcelino, deputada (PS) com ligação à Segurança Social, vice-presidente da Comissão de Trabalho e Segurança Social, Fernando Paulino, presidente Associação de Socorros Mútuos Setubalense e representante do ACES Arrábida e das foças de segurança.
Fotos Alex Gaspar e DR