O autarca moitense afirma que o concelho pode orgulhar-se do trabalho desenvolvido nesta área e alerta para os “caminhos perigosos” de não se agir a nível local, tendo sublinhado que ainda “há muito a fazer” nesta matéria.
Até ao próximo sábado, o concelho da Moita recebe o 2º Festival “Um Só Mundo pela Tolerância”, promovido no âmbito do Plano Municipal para a Integração de Migrantes (PMIM), no Centro de Experimentação Artística da freguesia do Vale da Amoreira. A sessão de abertura contou na última quarta-feira, dia 13, com a presença do Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado e do presidente daquela autarquia, Rui Garcia, que destacou que o evento “vem dar continuidade a um trabalho que iniciámos” no território, no âmbito do Plano Municipal para a Integração de Migrantes, que resulta “na integração das pessoas que chegam às nossas comunidades” e do qual a Moita pode se “orgulhar”.
Co-financiada pelo Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), a segunda edição do festival, nas palavras do autarca, vem dar um caminho para a “criação de uma comunidade alargada e multicultural” que caracteriza aquela zona. Na altura, o presidente de câmara sublinhou “a importância de se agir a nível local no caminho da tolerância”, ao contrário dos “caminhos perigosos que se estão a percorrer” e reconhece que ainda “há muita a fazer” nesta área.
Já Pedro Calado, classificou o território como “muito criativo”, onde reina a diversidade, felicitando o município pela iniciativa que apelidou de “muito oportuna e que ajuda a vivermos juntos na diversidade”.
O primeiro dia do festival ficou marcado por uma reflexão do tema “A Cultura como Veículo de Inclusão”, moderado por Rolaísa Embalo, com as contribuições de Luísa Malhó da Cruz, directora do Programa Escolhas e Marina Popova, da companhia de dança baptizada com o seu nome. Ao longo do dia, também Cláudia Hortêncio (Artemrede) e Carina Silva, da Companhia de Teatro Arte Viva, no Barreiro, participaram durante a tarde naquele encontro de culturas e gerações, com a dinamização de actividades de teatro e conversas nos lares de idosos de Alhos Vedros, Moita e Sarilhos Pequenos.
O festival incluiu ainda a realização de diversas actividades interculturais nas escolas do concelho e envolve a participação da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Moita, Associação Mulheres Sem Fronteiras e da Fundação Santa Rafaela Maria, com a realização de sessões, conversas e debates na Biblioteca Bento de Jesus Caraça, que culminam com o encerramento na Moita. No âmbito do programa deste festival, para a manhã de sábado, dia 16, está prevista a realização de um Torneio de Futebol e durante a tarde, terá lugar na Baixa da Banheira, nas instalações do Ginásio Atlético Clube, a actividade “Mu(N)Danças” que vai celebrar a diversidade cultural distribuída pelo concelho, com uma mostra de pratos típicos de vários países e artesanato. O encerramento é também assinalado com a presença da Turma de Cante Alentejano da UNISEM, Paulo Duarte, Daniela Severino e Francisco Dantas, e pelo Grupo de Sevilhanas da Sociedade Estrela Moitense e do Projecto Dress a Girl Around The World”.
Por: Luís Geirinhas