PS sem maioria absoluta precisa de BE ou PCP

PS sem maioria absoluta precisa de BE ou PCP

PS sem maioria absoluta precisa de BE ou PCP

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A meia-dúzia de deputados da maioria absoluta, PS fica dependente apenas de um dos parceiros da geringonça

 

No plano nacional, o PS também venceu as eleições de ontem, mas não chegou à maioria absoluta. Com um grupo parlamentar que deve ficar com 110 deputados, os socialistas ficaram a meia-dúzia de mandatos para atingirem a maioria na Assembleia da República (que são 116 mandatos) pelo que a estabilidade parlamentar não pode ser assegurada apenas pelo PAN, nem mesmo se ao conjunto se juntasse o deputado eleito pelo Livre, também de esquerda.

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Neste quadro, o PS precisa de um dos outros partidos de esquerda, nomeadamente do BE, cujo grupo parlamentar ultrapassa largamente o número necessário para formar uma maioria com os socialistas, ou com a CDU, cujo número de eleitos é também suficiente para esse efeito. Tanto Jerónimo de Sousa (PCP), como Catarina Martins (BE), afirmaram já esta noite que António Costa deve formar governo e mostraram abertura para tentar chegar a um entendimento com o PS.

No país, o PS obteve 36,7% (subiu pouco mais de 4% relativamente a 2015), o PSD ficou-se pelos 28,2% (difíceis de comparar com as ultimas legislativas, em que concorreu coligado com CDS-PP, mas com uma queda significativa), o BE ficou com 9,6% (menos que os 10,1%), a CDU recolheu 6,35% dos votos (contra 8,25% em 2015), o CDS-PP registou 4,24% e o PAN obteve 3,25% (1,39%).

Significativo é que, independentemente da maior ou menor oscilação percentual, todos os maiores partidos, à excepção de PS e PAN, perderam votos nestas eleições. O PS ganhou mais de 65 mil votos, para 1,8 milhões, e o PAN mais do que duplicou, de 75 mil para 160 mil. Em sentido descendente, o BE perdeu 70 mil votos, a CDU perdeu cerca de 120 mil e o PSD e CDS perderam, em conjunto, mais de 130 mil votos, comparativamente com a coligação com que concorreram há quatro anos.

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Ana Catarina Mendes

9 Eleitos

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Ana Catarina Mendes
Eduardo Cabrita
Eurídice Pereira
João Galamba
Ricardo Mourinho Félix
Catarina Marcelino
Maria Antónia Almeida
Filipe Pacheco
André Pinotes

PS iguala número de mandatos de 1995

O PS sobre 4,27% no distrito de Setúbal elege nove deputados contra os sete eleitos em 2015. Um resultado histórico, com paralelo apenas em 1995, ano em que o partido obteve pela primeira vez os nove deputados. Com duas diferenças: nessa altura, o círculo de Setúbal elegia apenas 17 deputados e o número total de votos obtido então pelos socialistas foi maior do que o total de ontem.

O partido obteve agora 38,58% e 152.433 votos. Uma diferença superior a 4% comparativamente com as anteriores legislativas. Já o total de votos subiu em cerca de sete mil, tendo em conta que em 1995 registou 145.302 votos. Os socialistas e o PAN foram os únicos partidos, entre os que elegeram por Setúbal, que subiram o número de votos.

Com este resultado, o PS elege nove nomes da lista, até André Pinotes Batista, e deve permitir que outros nomes cheguem à Assembleia da Republica. Tendo em conta que vários (pelo menos três) dos deputados eleitos são ministeriáveis (ou pelo menos secretários de Estado), outros tantos candidatos da lista devem conseguir ser deputados.

 

Francisco Lopes

3 Eleitos

Francisco Lopes
Paula Santos
José Luís Ferreira

CDU recupera segundo lugar no distrito mas perde um deputado

A CDU perdeu ontem um dos quatro deputados que tinha na Assembleia da República eleitos pelo círculo do distrito de Setúbal.

A coligação PCP-PEV recuperou o segundo lugar entre os partidos no distrito, depois de há duas legislativas consecutivas ter sido a terceira força política. Desta vez ultrapassou o PSD, o que já não acontecia desde 2009. Nas legislativas de 2011 e 2015, os comunistas ficaram em terceiro.

Ontem, a CDU obteve 15,75% e 62.236 votos. Ainda assim, menos do que os 18,80% e 79.606 votos que conseguiu em 2015.

Com este resultado, os comunistas perderam um mandato, tendo ficado fora do Parlamento o conhecido deputado Bruno Dias. Além disto, a CDU foi, pela primeira vez, ultrapassada pelo BE nos concelhos de Setúbal e Montijo.

 

Nuno Carvalho

3 Eleitos

Nuno Carvalho
Fernando Negrão
Maria Fernanda Velez

PSD perde um deputado

O PSD elegeu ontem três deputados pelo distrito de Setúbal, menos um do que os quatro que tinha na legislatura que agora terminou.

O partido obteve 14,38% e 56.860 votos, bem menos que os resultados conseguidos em 1995, embora seja difícil fazer a comparação, uma vez que há quatro anos o PSD concorreu em coligação com o CDS-PP. No conjunto a coligação PAF obteve, nas anteriores legislativas, 22,59% e um total de 95.659 votos.

Comparativamente com 2011, em que concorreu sozinho e elegeu cinco deputados (tendo empatado em mandatos com o PS), e registou 25,15% dos votos, o PSD recolheu agora menos 50 mil votos (em 2011 conseguiu 105.965 votos).

Além de menor em número, a nova bancada social-democrata da região na Assembleia da República é muito renovada. Dos três deputados ontem eleitos, dois – Nuno Carvalho e Maria Fernanda Velez – são estreias no Parlamento.

Joana Mortágua

2 Eleitos

Joana Mortágua
Sandra Cunha

BE mantém dois deputados mesmo com menos dez mil votos

O Bloco de Esquerda manteve as duas deputadas que tinha na Assembleia da República eleitas por Setúbal, Joana Mortágua e Sandra Cunha.

Os 12,12%, obtidos com 45 mil votos, ficaram abaixo dos 13,05% e dos 55 mil votos de há quatro anos, mas, ainda assim, foram mais do que suficientes para o partido eleger tranquilamente as suas duas deputadas.

Significativo é o facto de o BE ter ultrapassado o PSD em dois concelhos, no Barreiro e na Moita, e a CDU noutros dois, Montijo e Setúbal.

Nestes concelhos, o BE, que em regra era a quarta força politica, passou para o terceiro lugar nestas eleições.

Cristina Rodrigues

1 Eleitos

Cristina Rodrigues

PAN foi surpresa da noite no distrito e no país

Surpresa só não foi propriamente novidade porque as sondagens já tinham deixado perceber, mas o PAN consagrou-se ontem como um partido com representação parlamentar, passando a ter um grupo na Assembleia da República, incluindo um eleito por Setúbal.

Além de eleger Cristina Rodrigues, o PAN quase triplicou, em percentagem, a votação no círculo eleitoral de Setúbal. Obteve 4,49%, num total de 16.272 votos, bem superior aos 8.167 votos que, em 2015, lhe valeram 1,93% em Setúbal. A par do PS, o PAN foi dos dois únicos partidos com assento parlamentar que subiram o número de votos no distrito.

No plano nacional a subida eleitoral do PAN foi idêntica, mais do que dulicando percentualmente, tendo já assegurado um grupo parlamentar que deve chegar aos cinco deputados.

Nuno Magalhães

0 Eleitos

CDS foi maior derrotado no distrito

À imagem do que aconteceu no país, o CDS-PP obteve no distrito de Setúbal um dos seus piores resultados de sempre em legislativas e perdeu o único deputado que tinha por este círculo eleitoral.

Nuno Magalhães, histórico presidente do grupo parlamentar centrista, sucessivamente deputado por Setúbal nas últimas legislaturas, fica, desta vez, fora do Parlamento.

O partido, que chegou a eleger dois deputados pelo distrito, obteve ontem apenas 2,96% e 11.703 votos. Muito longe dos 12% que lhes valeu os mais de 50 mil votos das eleições de 2011, em que elegeu dois deputados por Setúbal.

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