Os novos órgãos da Delegação Distrital de Setúbal da ANAFRE já tomaram posse. João Miguel, presidente da Junta de Freguesia da Moita, é o coordenador distrital e garante que a descentralização de competências, a agregação de freguesias e as finanças vão ser “os pilares fundamentais deste mandato”.
João Miguel salienta que quer dar oportunidade à população de expressar a sua opinião, de forma a participar nos assuntos das freguesias, e que se for possível quer que 100% das freguesias do distrito estejam associadas à ANAFRE.
Entrevista ao coordenador distrital da ANAFRE
O que o levou a candidatar-se a este órgão da ANAFRE?
Vários aspectos. Os meus companheiros das juntas de freguesia já me conheciam, já pertenci ao anterior concelho directivo e tendo em conta o que foi feito pediram-me para ser eu, neste mandato, a assumir essa responsabilidade. Depois era o papel que a ANAFRE distrital pode ter, no sentido de desencadear uma série de acções e de resolver situações como as questões relacionadas com a agregação de freguesias e os transtornos também causados ao trabalho diário das freguesias, portanto fazer um pouco do trabalho desse levantamento de opiniões e de questões para também colocarmos a ANAFRE nacional neste processo.
Quais são os objectivos para este novo mandato?
É, essencialmente, a situação da descentralização, fazer um acompanhamento próximo e tentarmos participar ao máximo neste processo, não da forma como queríamos, pois o governo entendeu limitar este processo de forma não comparticipada, não lançando o debate, nem mesmo com os elementos directos, como as autarquias e juntas de freguesias, por isso tomamos nós essa iniciativa, que ao nível do distrito as pessoas possam dar opiniões e participar sobre o que está em causa, como os impactos que as freguesias vão ter e, naturalmente, as consequências que isso tem na vida das populações. Além da descentralização, a questão da agregação de freguesias, pois há muitas freguesias que foram agregadas contra a sua própria vontade e que não faz sentido estarmos a investir nesse erro. Por fim, a questão do financiamento que preocupa todas as freguesias, que têm vindo a ser prejudicadas, quer a nível das finanças locais quer a nível do orçamento de estado.
Essas vão ser então as principais batalhas para este mandato?
Sim, a descentralização, a agregação de freguesias e as finanças vão ser os três pilares fundamentais deste mandado.
Espera terminar este mandato com todas as freguesias do distrito integradas na ANAFRE?
No distrito de Setúbal só temos apenas uma freguesia que não é associada, portanto vamos fazer todos os possíveis para que essa também integre, porque assim ficávamos com 100% das freguesias do distrito associadas à ANAFRE.
Quer acrescentar alguma coisa, antes de terminarmos?
Nesta primeira fase e naquilo que temos a certeza que vão ser os próximos tempos, para já é isto. Naturalmente, vai haver depois um conjunto de assuntos que vão ser objecto de análise da nossa parte, mas para já é isto, com base nestas observações que fomos fazendo. Vamos também ter que realizar um encontro para todos juntos definirmos os caminhos a seguir, até ao final deste ano/princípio do ano que vem são estes os aspectos principais.