Elevação do Lavradio deu-se em 1985, época em que a freguesia perdeu as características rurais para receber indústria
A 25 de Setembro o Lavradio celebra o seu 34º Aniversário de elevação a vila. As comemorações decorrem ao longo de uma semana tendo início este Sábado com o “Encontro de Bandas” a receber reconhecidas filarmónicas junto à Igreja de Santa Margarida no Lavradio. O evento tem início pelas 15h30 e conta com a participação da Associação Filarmónica de Arganil, a Sociedade União Musical Alenquerense e a Banda Musical do Barreiro. Após o momento de apontamento musical, as bandas filarmónicas seguem em desfile até ao Largo das Festas.
No dia 25 dia, pelas 17h00, o destaque vai para a inauguração do Gabinete de Integração Profissional que fica agora inserido no edifício da Junta de Freguesia.
Para o mesmo dia está marcada, pelas 11h00, a inauguração do monumento “Ao Bastardinho” na Praça 5 de Outubro. Um momento que conta com a actuação da Big Band da Escola de Jazz do Barreiro.
Terra do antigo Bastardinho
Existem vestígios pré-históricos da existência de uma povoação no Lavradio, no local ribeirinho que hoje é conhecido como a Ponta da Passadeira. Contudo os registos oficiais de uma povoação apenas surgem no século XV.
Em 1670 o território da vila do Lavradio foi doado a Luís de Mendonça Furtado, vice-rei da Índia, então nomeado 1º conde do Lavradio, pelo rei D. Pedro II. E na mesma época o Lavradio foi elevado à categoria de vila.
Aquando da morte de Luís de Mendonça Furtado sem descendência, o território do Lavradio voltou a estar sobre a responsabilidade da casa real.
Nos séculos seguintes os 23 quilómetros do território do Lavradio incluíam as freguesias de Palhais e Telha, com 921 habitantes.
Ainda no século XIX, dá-se a extinção desta organização e em 1836 o território do Lavradio é integrado no concelho de Alhos Vedros até à extinção deste, em 1855.
Até ao final da primeira metade do século XX o Lavradio foi conhecido a nível nacional pela extracção de sal e actividade agrícola, na qual se destacava a produção de cortiça e as vinhas da casta Trousseau, que davam origem ao antigo “Bastardinho”. Na época a produção daquele que também era apelidado de “Vinho do Lavradio” estendia-se por toda a península de Setúbal.
O crescimento industrial do século XX levou à perda das vinhas, da actividade salineira e das fábricas de transformação de cortiça. Começou então o crescimento da zona industrial do Lavradio com a instalação da UFA, Fisipe e EDP.