28 Junho 2024, Sexta-feira

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Cunhada de detido no Seixal diz que ninguém atirou pedras à polícia

Cunhada de detido no Seixal diz que ninguém atirou pedras à polícia

Cunhada de detido no Seixal diz que ninguém atirou pedras à polícia

Vanusa Coxi, cunhada do jovem que foi detido pela PSP no Domingo, no Bairro da Jamaica, nega que a policia tenha sido atacada com pedras. Afirma que cunhado, assim como o sogro e a sogra, sofreram agressões da PSP sem justificação. “A PSP não foi recebida de forma hostil, tal como o comandante distrital alega”.
Segundo Vanusa Coxi “as pessoas envolvidas nesta discussão estavam na rua e quando a polícia chegou começou a fazer agressões indiscriminadamente”. Para Vanusa esta não é a missão da PSP. “Os agentes devem ter disponibilidade para ouvir e dialogar. É preciso saber chegar às pessoas. O que não aconteceu”.
Sobre as declarações do comandante distrital da PSP, que apoia os agentes envolvidos na situação, Vanusa é peremptória. “O comandante pode declarar o que entender ser melhor. A nossa posição mantém-se: o que a PSP alega é mentira. “As agressões que a polícia alega, assim como o apedrejamento são mentira.”.
Quanto à manifestação frente ao Ministério da Administração Interna (MAI), que alegadamente teria sido organizada pelos moradores do bairro, Vanusa Coxi garante, “a expressão ‘moradores do Bairro da Jamaica’ é errada. Os manifestantes não eram do bairro. Não garanto a totalidade. Mas não fomos nós que organizámos a manifestação. Assim como também não nos identificamos com as acusações de racismo que têm sido transmitidas nas redes sociais”.

“Sempre o estigma do bairro”

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Um cenário que a moradora considera estar a “denegrir a imagem do bairro e dos seus habitantes, mais uma vez”.
Os moradores do Bairro da Jamaica despediram-se de 2018 com um ambiente marcado pela esperança, perante um processo de realojamento que esperavam há cerca de 20 anos.
Agora, perante estas agressões, Vanusa Coxi, membro da Associação de Moradores de Vale de Chícharos teme que a atitude da PSP venha “alimentar um estigma”.
Para a activista, “haverá sempre o estigma do bairro, para aqueles que aqui vivem, ou viveram, quando o que a sociedade deveria fazer é criar oportunidades iguais para todos. Não vivemos aqui porque queremos, vivemos aqui porque não temos, ou não tínhamos outra opção. E as novas gerações do bairro merecem uma oportunidade de vida digna”.

 

Foto: Alex Gaspar

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