Encontro de pré-campanha encheu Cinema Teatro Joaquim D’ Almeida e contou com participação de empresários locais
O secretário-geral do PS fez um discurso de demarcação política face aos partidos à sua esquerda e direita, defendendo que só os socialistas estão em condições de assegurar uma reforma do euro favorável a Portugal.
Esta posição foi transmitida por António Costa no encerramento da Convenção Regional do PS de Lisboa e Vale do Tejo, no Cine Teatro Joaquim d’Almeida, no Montijo, numa iniciativa inserida na pré-campanha dos socialistas para as eleições europeias de 26 de maio próximo.
Num discurso muito focado nos apelos à mobilização dos socialistas e ao combate à abstenção nas próximas eleições europeias, António Costa apresentou a tese de que “só o PS” está em condições de concluir com sucesso em Bruxelas complexas negociações políticas para combater as assimetrias provocadas pelo euro, lutar contra a “demagogia” em torno do aumento dos recursos financeiros da Europa – aqui, num ataque indirecto ao discurso do CDS-PP contra os impostos europeus – e fortalecer o pilar social europeu.
De acordo com o secretário-geral do PS, Portugal enfrenta três grandes desafios na União Europeia nos próximos anos: A reforma do euro, a negociação das perspectivas financeiras e a defesa do pilar social na Europa.
“A verdade é que, quando alguns viam que íamos levar o país para o Diabo, levámos o nosso ministro das Finanças, Mário Centeno, para presidente do Eurogrupo. Essa é a diferença que temos vindo a provar”, começou por referir o líder socialista, antes de introduzir uma linha de demarcação face às restantes forças políticas.
“A reforma da zona euro é absolutamente essencial e não a pode fazer com sucesso nem quem é contra o euro, nem quem está satisfeito com as actuais regras. Quem pode fazer a reforma da zona euro é quem querendo estar no euro entende que o euro pode e deve ser governado de uma forma diferente”, sustentou.
A convenção socialista, que decorreu no sábado de manhã, sob o mote “Lisboa e Vale do Tejo é Europa”, e a pergunta “que Europa no futuro da tua região?”, contou com a intervenção de vários nomes ligados ao distrito.
Duarte Silva, coordenador de projecto do aeroporto no Montijo, Vítor Jorge Santos, empresário agrícola, José Joaquim Antunes, viticultor, Pedro Lagoa, da direcção da AISET e administrador da Raporal, Teresa Almeida, arquitecta urbanista e antiga vereadora em Setúbal, e Francisco Madelino, presidente do INATEL, foram alguns dos participantes no debate.
Lusa