Festa encerra esta noite com presença do Presidente que vem assistir ao cortejo e ao simulacro de incêndio do castelo
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou a sua presença hoje na Festa das Vindimas, em Palmela, para assistir ao cortejo noturno e ao simulacro de incêndio do castelo, naquela que é a última noite do evento.
O presidente Álvaro Amaro fez a antevisão do evento durante a inauguração lembrando que a “Festa das Vindimas é incomparável, a nível nacional, e insubstituível nesta vertente identitária”, destacando “a ligação milenar de Palmela ao trabalho e aos ciclos da terra”, classificando o certame como “um certame genuíno, de tradição, de gente com orgulho salutar nos valores endógenos legados pela mãe Natureza”.
O edil registou na sua intervenção “a evolução gigantesca registada na área do enoturismo, com novos projetos de grande qualidade, que valorizam o território, a paisagem, o património, a vinha e o vinho” e onde Palmela “tem vivido os seus melhores anos turísticos de sempre”.
“Palmela é como o vinho, fica melhor com o tempo”
A noite de inauguração com o corte simbólico do cacho de uvas pela Rainha das Vindimas, Diana Sousa, foi antecedida de um espetáculo notável “Viva Il Vino” com a participação da soprano palmelense Isabel Biu e do tenor Bruno Almeida, que adaptou a canção do “Vinho Verde” ao Castelão de Palmela, numa interpretação de conter a respiração. A presidente da Associação das Vindimas, que termina o mandato, apostou em iniciativas, que marcaram a edição deste ano como a melhor festa dos últimos anos. Maria João Camolas referiu que “Palmela é como o vinho e fica melhor com o tempo”.
E este ano o tempo quente também colaborou com os organizadores da festa, que teve na noite de sábado um verdadeiro recorde de visitantes, que “atacaram” os vinhos das adegas, que traçam o balanço de vendas recordes, que não aconteciam há muitos anos.
“Que grande pomada”
O cortejo dos camponeses é uma das iniciativas mais emblemáticas da Festa e depois da pisa da uva, Filipe Cardoso, da Ordem Enófila anunciou com satisfação que “a medição do mosto marcou um verdadeiro recorde com 13 graus”. Os sinos tocaram e os pombos voaram pelos céus de Palmela. Um dos pisadores da uva não conteve o desabafo “que grande pomada”. Mas não foi apenas a graduação do vinho que alegrou os palmelões, que na tarde de domingo assistiram a um Cortejo resultante da criatividade dos carros da responsabilidade de José Condeça, que anunciou em primeira mão ao Setubalense, que “está na hora de deixar de fazer o cortejo”.
No entanto não deixamos também de destacar a participação de Amílcar Caetano que concebeu os figurinos originais dos participantes nos carros alegóricos.
Orgulho, Vaidade e Tradição
Cinco carros representaram as Cidades do Vinho, Viana do Castelo, Barcelos e Régua, e do sul, Beja e Lagoa, num cortejo que trouxe forte participação do movimento associativo, com a Humanitária, Os Loureiros e Águas de Moura a fazerem-se representar pelas marchas populares e cavalinhos. O folclore também esteve representado pelo Rancho de Rio Frio e do Forninho, que participou pela primeira vez na Festa das Vindimas.
Se os Bombos de Amarante deram show, que dizer da Escola do Jogo do Pau de Fernando Pó?
O cortejo mostrou as tradições de Palmela, desde a participação das crianças, que garantem o futuro do evento, às típicas charretes, as mães palmeloas e os guardiões do castelo, terminando com o carro da Rainha das Vindimas e damas de honor.