A rentabilização da principal estrutura aeroportuária portuguesa que é o aeroporto de Lisboa, é mais do que uma prioridade, atendendo a projeção da imagem do país a nível internacional, que tem feito aumentar o afluxo de turistas que visitam a nosso país. Mas quando pensamos que é preciso dar resposta aos desafios que se colocam e para os quais é urgente um projecto credível, muitas vezes os autores de projetos, não se dão ao trabalho de avaliar as consequências de decisões que podem não ser viáveis mediante as condicionantes existentes.
O futuro aeroporto que se projeta para o montijo, poderá não ser a melhor resposta, mediante o facto de ser uma zona densamente povoada, ser também uma zona onde existe património que importa preservar, com a agravante de causar um intenso ruído provocado pela descolagem e aproximação à pista, pelo que no conjunto de avaliação da construção de tal estrutura, não são apenas os ganhos económicos que devem ser tidos em conta, mas o impacto negativo que poderia causar na saúde de uma população, privada do necessário descanso.
O interesse nacional é importante, mas importa também ter em conta que sendo aquela também uma zona de nidificação de aves migratórias, as questões de segurança também devem ser equacionadas assim como o respeito pelos cidadãos, quando a par dos direitos destes últimos, é preciso ter em conta também que são os cidadãos saudáveis que contribuem para uma economia saudável.