Quem todos os dias como eu tem de passar a Ponte sobre o Tejo irá reconhecer o que descrevo nesta crónica.
O caos no trânsito de uma ponte mais que paga, e que em consequência de concessões atrás de concessões continua a explorar quem vive na margem direita do Tejo, consequência da inoperância dos governos do PS e do PSD que nunca tiveram coragem de dizer chega aos aumentos e obrigam quem vai trabalhar a ter de pagar uma renda para entrar na capital.
O caso já por si é ridículo, ganhando ainda contornos mais ridículos quando o concessionário não se importa minimamente com quem passa a ponte, não resolvendo o que à vista de todos é claro: o caos no transito é causado pela má gestão das portagens abertas e pelas faixas de Via Verde que entopem à chegada da zona do “garrafão”.
A paragem “obrigatória” ao chegar à ponte na zona do Feijó é um claro erro de planeamento e de visão das infraestruturas, onde o Governo deveria assumir a incapacidade que tem tido ao longo dos anos em solucionar o problema, uma faixa da esquerda e outra na direita “trancadas” pelo acesso à Via Verde e que impossibilitam o fluxo normal de carros.
Quem usa esta via diariamente sabe que após a passagem da praça das portagens tudo flui com normalidade. Para quando a tão prometida terceira travessia do Tejo? A ser feita a que preço? Quanto vais custar aos contribuintes e quanto vão os contribuintes ter de pagar para a atravessar?
É o socialismo no seu expoente máximo, o Povo paga para construir, o povo paga para usar, sempre com 1000 justificações. Ou porque as alterações climáticas obrigam a uma redução de viaturas, ou porque Lisboa não tem capacidade para receber mais carros, ou porque, ou porque … existe sempre uma justificação para “ir ao bolso” do contribuinte.
Ponderemos então que porventura tinham alguma razão, quais as alternativas quando os meios de transporte são insuficientes e de fraca qualidade? Ou mesmo quando sabemos que a Empresa Metropolitana de Transportes está em risco com falta de capital para cumprir o inicialmente previsto?
Afinal o povo também tem culpa porque é enganado, sabe que está a pagar mais do que deve para que o Estado cumpra as suas obrigações, mas na hora do voto deu uma maioria absoluta ao PS, votou no Distrito de Setúbal maioritariamente em Ana Catarina Martins, alguém que tem quase tantos anos de vida como de política profissional, que salta de deputada para Ministra, vagueia pelos corredores do poder anos após anos e na realidade vai aos mercados e feiras do Distrito apenas em cima das eleições.
Felizmente existe uma franja, já significativa da sociedade, que começa a entender o que se passa e mudou, esperemos que mais se juntem porque no estado em que estamos, caminhamos a passos largos para uma venezualização de Portugal e, acredito, não é isso que o Povo quer!
Se o Povo é quem mais ordena, que o Povo se levante e diga Chega porque assim… não vamos a lado nenhum!
“A Luta continua!”
