Ao longo dos últimos 6 anos, o PS, com o apoio dos restantes partidos da Esquerda parlamentar foi capaz de introduzir mudanças que beneficiaram para melhor a vida dos portugueses. Foram anos marcados por diversas conquistas sociais e por crescimento económico, não comprometendo as contas certas, essenciais para garantir a sustentabilidade das políticas públicas adotadas.
As famílias portuguesas, e em particular as do distrito de Setúbal, depois de terem sido as principais afetadas pelas políticas que a Direita adotou entre 2011 e 2015, sentem a diferença.
Hoje, um agregado familiar paga no máximo 80€ pelos seus passes de transportes públicos, o Salário Mínimo Nacional é de 705€, quando em 2015 era de 505€, o desemprego é o mais baixo da última década, situando-se nos 6,1% quando em 2015 era mais de 12%, e o rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem aumentou em quase 200€.
Estes são apenas alguns exemplos do caminho que foi possível fazer ao longo deste tempo e a que o Governo procurou dar continuidade na Proposta de Orçamento do Estado para 2022, entretanto chumbada.
Perante a crise das nossas vidas, o maior problema de saúde pública dos últimos cem anos, que afetou e afeta toda a economia mundial, esta proposta de Orçamento consubstanciava um esfoço para, em conjunto com o Plano de Recuperação de Resiliência, dar um novo estímulo à economia, privilegiando a classe média e acorrendo aos setores mais vulneráveis da comunidade.
Neste, que era o mais expansionista Orçamento do Estado desde que o PS é Governo, estava previsto o fim das taxas moderadoras no SNS (exceto para urgências), o aumento extraordinário das pensões, o alívio fiscal para as famílias em sede de IRS, no valor de mais de 200 milhões de Euros, a eliminação do Pagamento Especial por Conta e as creches gratuitas para todas as crianças.
Infelizmente, e na sequência do primeiro chumbo de um Orçamento do Estado do Portugal Democrático, estamos hoje confrontados com uma crise política incompreensível, que se vem somar à crise pandémica (que ainda não acabou), à crise económica (da qual estamos a conseguir finalmente recuperar) e à incerteza existente nos mercados mundiais, em particular devido à escassez de matérias primas.
Não tenhamos dúvidas: a intransigência e a irresponsabilidade que espoletou esta crise beneficia apenas aqueles que crescem à custa do sentimento de revolta das populações com a classe política e com o sistema e são um mau exemplo da forma como a tática política se sobrepôs aos interesses do País.
O Partido Socialista e o seu Governo tudo fizeram para impedir este desfecho.
Contudo, aqui chegados, estamos preparados para, de forma séria e responsável, dar uma resposta eficaz aos desafios coletivos que enfrentamos.
O País precisa que, das eleições do dia 30 de janeiro, saia uma solução de Governo estável, com condições de cumprir o seu mandato de 4 anos, mas também com uma agenda progressista, que continue a melhorar as condições de vida dos portugueses, que combata as desigualdades e que crie condições para a construção de uma economia dinâmica e robusta, onde ninguém fique para trás.
Por tudo isto, e também porque é fundamental impedir retrocessos, é importante que das eleições do dia 30 de janeiro saia um Governo de Esquerda e isso, está à vista, só será possível com uma maioria reforçada e clara do Partido Socialista.