Um PS em fim de ciclo

Um PS em fim de ciclo

Um PS em fim de ciclo

23 Novembro 2023, Quinta-feira

O PS em Setúbal, certamente mais preocupado com questões nacionais e com o que resta do seu governo e da sua maioria absoluta, continua a estar pouco atento a Setúbal.

Em diversas ocasiões foi possível verificar que o PS local se limitou à função de representante do governo, revelando-se incapaz de defender os interesses de Setúbal e das suas populações, procurando apenas justificar o injustificável desprezo a que o governo PS condenou Setúbal.

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Mesmo quando procura fazer oposição à gestão CDU do município de Setúbal, o PS apenas tem para oferecer frases feitas e uma total falta de visão estratégica para o desenvolvimento deste concelho.

Chega a ser confrangedor assistir ao discurso do “fim de ciclo” que repetem a cada novo mandato que os Setubalenses atribuem à CDU. A cada sentença de “fim de ciclo”, a CDU responde com projetos e com obra, com o desenvolvimento e a valorização do território, com a resposta aos problemas que os governos PS insistem em não dar resposta. E as populações retribuem com a reconfirmação do voto de confiança em cada ato eleitoral.

Nas páginas de O Setubalense da semana passada, a propósito do financiamento PRR, a mesma notícia que dava conta da ambição da CDU na gestão do município e da sua capacidade de projetar a resolução dos graves problemas de habitação, sendo Setúbal o segundo município do país com maior volume de financiamento candidatado (77,67 milhões de euros), só atrás de Lisboa, dava-nos conta do discurso do PS local a dizer que falta ambição, que a equipa da CDU está esgotada e com uma visão apenas focada no imediato.

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Podia ser uma peça humorística, mas infelizmente é mesmo assim que o segundo partido mais votado para o município de Setúbal  discute os assuntos relevantes para o concelho.

Sim, o desafio a que a CDU se propôs para a resolução dos graves problemas da habitação em Setúbal é ambicioso.

Os problemas criados pelo desenho do PRR e pelo seu modelo de financiamento não ajudam, a situação em que se encontra o mercado, com o aumento de preços e das taxas de juro não são favoráveis, faltam empresas e mão-de-obra para dar resposta às necessidades, mas nada disso impediu a CDU de identificar as necessidades, projetar a resolução dos problemas, candidatando a financiamento do PRR as intervenções necessárias.

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Por tudo isto, pede-se que alguém, com capacidade para tal, esclareça o PS que é natural que Setúbal, face ao volume candidatado, esteja com um níveis de execução abaixo da média nacional.

Comparar níveis de execução de quem apenas candidatou 4 ou 5 milhões com quem candidatou 77 milhões é um exercício que pode alimentar um certo tipo de narrativa, mas não traduz nada de substancial.

E a única coisa de concreto que revela é o nível de ambição da gestão CDU no que diz respeito à vontade de resolver os problemas das populações e desenvolver o concelho.

Seria interessante saber o que diz o PS sobre os níveis de execução de Vila Nova de Gaia que de 33,4 milhões executou 5,69% ou de Almada que de 24,7 milhões executou 3,56%. Ou olhar para capitais de distrito, como o Porto que de 12 milhões ainda não terá executado nada, ou Santarém que de 1,3 milhões executou 5,98%.

Mas, como é de Setúbal que falamos, termino devolvendo ao PS as suas próprias frases gastas: “este não é o tempo do protesto pelo protesto, é o tempo de fazer o que ainda não foi feito”, por exemplo, podiam passar ter uma intervenção credível e construtiva, capaz de elevar o debate democrático e a construção de soluções para Setúbal.

Reconhecemos que o PS local anda preocupado com o PS nacional, mas isso não pode servir de justificação para mais de 20 anos de vazio de ideias e projetos para o concelho.

Entretanto, as populações de Setúbal, olhando para lá das frases vazias de uma oposição sem projeto, sabem que podem contar com a CDU para, num quadro de responsabilidade financeira, continuar a construir Mais Setúbal e a valorizar este território e as suas gentes.

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