Saúdo com grande satisfação o 166.º aniversário do jornal O SETUBALENSE. Cabe em mim as razões para o fazer. Pela sua longevidade, pois é o jornal há mais tempo em laboração em Portugal Continental.
Pelo seu papel na imprensa regional e local, sobrevivendo a crises, mudanças de regime e outras vicissitudes. Pelo acompanhamento que tem feito da realidade local, normalmente ignorada pela comunicação social nacional massificada.
Pela importância da imprensa no debate de ideias, troca de opiniões, diversidade de visões e projectos com que cada município do distrito encara as suas realidades.
Tem-no feito de forma plural, com oportunidades aos diversos interlocutores e sempre na óptica da informação verificada sem aquela propensão ao sensacionalismo que tanto tem contribuído para o descrédito dos meios de comunicação.
Temos por hábito, mau, diga-se, de confundir a mensagem com o mensageiro, o que por vezes nos leva à condenação do portador em vez da notícia. Os jornais reflectem a opinião da sociedade. E essa sociedade, felizmente, é diversa.
Reflecte as várias visões do mundo de cada um dos seus interlocutores. É essa a riqueza da troca de ideias, desde que feita de forma correcta. Há um papel determinante na comunicação social que nos tempos que correm é fundamental.
A filtragem da informação. A credibilidade das fontes, a audição de todos os interessados, a tentativa constante de verificar a veracidade da notícia. Num território onde proliferam as redes sociais em que cada um tem direito ao seu momento de glória impune, parece uma coisa de somenos. Mas não é. É fundamental! Parabéns, O SETUBALENSE!