As eleições autárquicas constituem um dos momentos mais relevantes da nossa democracia, porque é aos órgãos municipais e às freguesias que cabe o exercício político de mais proximidade com os cidadãos.
E é com orgulho que vejo cumprido um mandato difícil, com bloqueios e maiorias negativas, pleno de desafios, mas com o sentimento absoluto do dever cumprido perante aquilo que foram os compromissos assumidos com todos os montijenses.
Tivemos a preocupação fundamental de assegurar uma política que foi capaz de equilibrar as contas, fazer obra, atrair investimento, privilegiando sempre a coesão social e partilhando com todos os montijenses o resultado desse esforço.
Isso foi possível porque não fazemos, nem iremos fazer em momento algum, promessas que não podemos cumprir apenas para enganar os montijenses, prometendo novos hospitais ou novos terminais dos barcos, cuja concretização não está, sequer, ao alcance das competências e dos meios financeiros de uma Câmara Municipal.
Aliás, mostrámos que a boa governação do Montijo ao longo deste mandato autárquico, viabilizou a concretização de diversas oportunidades que inspiram, hoje, o nosso futuro coletivo.
Com a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis, a devolução de 1% de IRS e a isenção de derrama em IRC para as pequenas e médias empresas, o Montijo assegurou poupança aos trabalhadores, viabilizou empresas e captou investimento durante a austeridade. Com a ETAR de Canha, as obras da Estrada Nacional n.º 4, a pavimentação de vários caminhos rurais, o Montijo não esqueceu o investimento nas freguesias. Com a Ermida de Santo António, o Cais dos Pescadores, o Museu dos Pescadores, o estacionamento gratuito no Cais do Seixalinho, as Festas Populares de São Pedro, o Carnaval, o Montijo afirmou a Frente Ribeirinha, a cultura e a sua identidade.
Mas porque o passado já lá vai, importa debruçarmo-nos sobre os desafios com que estamos confrontados. O Montijo prepara-se para acolher o novo aeroporto da Região de Lisboa.
É uma infraestrutura que potenciará um forte desenvolvimento do concelho e da região, através da melhoria dos serviços públicos e da captação de mais investimento e mais emprego.
Graças ao bom governo do Montijo, estamos hoje em condições de aproveitar este projeto para requalificar a cidade, porque esta é uma oportunidade única para o concelho ganhar a desejada dimensão económica e social, recentrando a geografia económica da região, permitindo planear o nosso futuro coletivo com base em políticas públicas de desenvolvimento sustentável, de defesa do ambiente, dos recursos naturais e capazes de garantir direitos sociais a todos, sem exceção.
As prioridades já foram apresentadas pela Câmara e incluem um novo acesso à Ponte Vasco da Gama, a conclusão da Circular Externa, a construção da Avenida do Seixalinho com ciclovia, a construção de passadiços em madeira nas salinas, para garantir a conexão da nossa cidade com o aeroporto e, ainda, outras infraestruturas públicas dentro de uma visão de modernização do Montijo.
Mas a dinâmica do Montijo vai estender-se ao desenvolvimento das infraestruturas desportivas de proximidade com o estudo do novo estádio municipal, a construção das piscinas ribeirinhas de água salgada, assim como a requalificação energética das nossas piscinas municipais. Continuaremos a desenvolver a nossa rede de mobilidade suave, nomeadamente com a construção da ciclovia do caminho-de-ferro, com cerca de 5 quilómetros de extensão. Será efetuado mais investimento na educação, com a construção do novo Centro Escolar de Pegões e do Centro Escolar do Afonsoeiro, projetos cujos terrenos estão garantidos e que serão executados nos próximos anos.
Vamos continuar a trabalhar para merecer a confiança dos montijenses e ter esperança no futuro.
O futuro do Montijo está, como sempre esteve, nas mãos dos montijenses, porque “Somos Todos Montijo”.
O Montijo e os montijenses merecem.