O Rio da Figueira foi sempre um local de alguma centralidade, contendo habitações, um restaurante localizado na Estrada de Palmela, próximo da rotunda (Praça do Tratado de Roma) e com atravessamento regular de circulação pedonal e principalmente automóvel que se foi acentuando ao longo dos sucessivos anos, acrescida da existência da referida rotunda e da Av. da Europa.
Com o passar do tempo, todas as construções existentes foram ficando bastante degradadas e o local passou a evidenciar um mau aspecto generalizado, com a consequente ocupação indevida das habitações.
As referidas construções foram sendo progressivamente demolidas, para dar origem a prédios novos, a um restaurante e a uma superfície comercial.
Com as intervenções realizadas, toda a zona ficou bastante melhor e mais apelativa.
Contudo, existem ainda algumas habitações degradadas e um armazém localizado precisamente no cruzamento entre a Estrada de Palmela e a rua Maria Adelaide Rosado Pinto que se encontra pintado de amarelo, mesmo sobranceiro à estrada, praticamente sem nenhum espaço pedonal.
O referido armazém, que outrora era usado como local de armazenamento de botijas de gás, ocupa ainda uma área considerável de espaço.
Ao que tudo indica, foi abandonado e logo se começaram a evidenciar os primeiros sintomas de degradação que se têm vindo a agravar ao longo dos sucessivos anos.
As paredes estão todas rachadas, com fendas estruturais e o telhado duplo encontra-se todo abaulado, com fortes indícios de queda iminente que a ocorrer, acarretaria perigos potenciais, não só para quem circula de forma pedonal, como também rodoviária.
Embora não tenha conseguido aceder ao seu interior, os vidros encontram-se quebrados do lado da estrada, pelo que se detecta imediatamente lixo espalhado por todo o lado.
Da parte lateral, quer do lado da rua Maria Adelaide Rosado Pinto, quer do lado oposto adjacente à superfície comercial, existe um terreno completamente imundo, onde consegui detectar perfeitamente ratos a percorrerem o espaço, bem como indícios nítidos de utilização regular do imóvel.
Tais situações foram-me confirmadas pelos comerciantes da zona, nomeadamente a existência de ratos, bem como a sua utilização para dormida de algumas pessoas, provavelmente por sem-abrigo.
Chamo daqui a especial atenção da Câmara Municipal de Setúbal para a existência deste imóvel que não apresenta as condições mínimas de salubridade, nem de segurança de pessoas e bens.
Os comerciantes não me souberam responder à questão da pertença do referido armazém, se é camarário ou se pertence ao domínio privado.
Ainda segundo os comerciantes locais quando da inauguração da superfície comercial, ocorrida em 2017, foi prometido por técnicos da CMS que estaria prevista a sua demolição para breve.
Passados cinco anos, o armazém ainda lá continua.
Seja como for, existe algo que se me afigura particularmente evidente. O armazém, tal como está, não oferece as condições mínimas, nem de segurança, nem de salubridade, pelo que deve ser demolido o mais rapidamente possível.
Fica aqui o alerta para quem de direito.