No Montijo, o sítio certo, assistiu-se a um importante passo para a plena sustentabilidade da suinicultura portuguesa. Numa atitude de responsabilidade pró-ativa, a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) juntou os empresários e a Academia com o Ministério da Agricultura. As três partes da equação falaram a uma só voz e, à partida, o sucesso é possível. Como afirmou David Neves, Presidente da FPAS, “estamos hoje aqui reunidos para testemunhar que a principal preocupação do sector no presente é a Terra Futura.” O objetivo é elaborar um “Roteiro para a Sustentabilidade Ambiental das explorações suinícolas, que se estabelecerá como um documento estratégico para a suinicultura no Horizonte 2030. Este Roteiro será concretizado com Planos e Ação devidamente enquadrados nos diferentes contextos normativos Europeus e Nacionais. Assim, os empresários assumem inequivocamente as suas responsabilidades na criação de riqueza garantido o cumprimento dos parâmetros ambientais e uma cada vez maior afirmação do sector no contexto internacional. Na sua intervenção o Presidente da FPAS referiu ainda outras frentes em que o sector está a trabalhar, como o Centro Tecnológico para a Suinicultura. A significativa presença do edil do Montijo, Nuno Canta, com uma intervenção em consonância, deixou a expetativa de que os Autarcas, os grandes gestores do território, também estão com o setor no encontro das melhores soluções.
Nada disto faria sentido sem a participação ativa do Ministério da Agricultura, a presença da Ministra Maria do Céu Antunes, com uma importante e consonante intervenção, só pode ser interpretada como um compromisso para com a suinicultura: “estamos todos convocados para podermos construir um sistema alimentar que seja mais saudável e mais sustentável, que dê uma resposta àquilo que são os efeitos das alterações climáticas na proteção do ambiente e na preservação da biodiversidade e que proporcione um rendimento mais justo ao produtor, mas que seja equilibrado para o consumidor”, afirmou a Ministra.
Por último, o envolvimento da Universidade de Évora, Instituto Superior de Agronomia e Universidade de Trás -os- Montes e Alto Douro, que irão trabalhar em parceria com a FPAS, garante a adoção do que melhor, técnica e cientificamente, se faz. O desafio é grande e o país pode beneficiar imenso com a implementação deste Roteiro em questões tão atuais como o bem estar animal, a emergência climática, suficiência alimentar, ou valorização agrícola, orgânica e energética de efluentes pecuários. Tudo isto numa lógica de Economia Circular nas explorações agropecuárias e agroindustriais, tema experimentado com sucesso no Alentejo pela Universidade de Évora. Apelando a uma melhor estratégia de comunicação o Presidente da FPAS terminou afirmando que só assim “poderemos viver todos com mais saúde, mais justiça social, maior sustentabilidade ambiental e rendimentos mais justos para todos os agentes da cadeia de valor.”