Os portugueses tem sido um povo solidário quando confrontado com situações que nos tocam a todos, e temos a tendência de procurar ajudar de uma forma ou de outra, minimizando o sofrimento daqueles que nos estão próximos e algumas vezes também daqueles que estão longe, não podendo na maioria das vezes, avaliar o grau de sofrimento do ser humano.
Felizmente que as modernas formas de solidariedade, tem permitido aos cidadãos, escolher como queremos ajudar, permitindo-nos praticar a solidariedade de uma forma cómoda a partir de casa, sendo ao mesmo tempo uma forma de evitarmos desculpas para não praticarmos, um gesto solidário, por mais pequeno que seja.
Todos somos Estado, mas infelizmente este Estado é composto por entidades para onde muitas vezes são canalizados donativos que tardam em chegar a quem precisa, ou talvez nem sequer cheguem na sua totalidade, o que poderá levar muitos cidadãos a questionarem o destino dos seus gestos solidários, e a ter algumas reservas, de cada vez que são chamados a colaborar.
Pedrogão Grande foi uma tragédia enorme onde pelos vistos a solidariedade não foram apenas palavras, mas não há dinheiro que pague a perda de vidas humanas, e o sofrimento causado a muitos, pelo que deveria ser elaborado um plano dado a conhecer aos cidadãos para responder com maior transparência, e onde quem coloca em prática a solidariedade, pudesse ter a certeza do destino do seu gesto solidário.