A sociedade portuguesa vive uma constante transformação, em que os cidadãos em geral se abstraem dos problemas, sem se aperceberem que a postura do comodismo, é a razão pela qual os novos hábitos adquiridos, são potenciadores de um sentimento de impunidade que se tem vindo a instalar em Portugal
Os números do observatório de Segurança Interna sobre a criminalidade, não referem de uma forma clara, quantos agentes da autoridade sofreram agressões, ou tiveram de ser assistidos em unidades de saúde, por agressões que decorrem do cumprimento da missão da qual estão incumbidos, mas susceptíveis de duas interpretações onde se pretende fazer com que os cidadãos acreditem nas instituições, podendo também ter o efeito contrário de levar determinados cidadãos a procurarem testar, a capacidade de resposta dessas mesmas instituições.
A segurança interna de Portugal, não se revela em estatísticas, mas no trabalho desenvolvido no terreno, por seres humanos que para proteger pessoas e bens, se expõem ao perigo, sendo muitas vezes os culpados, quando apenas procuram cumprir a sua missão, pelo que a questão que se coloca é para quando a implementação de medidas enérgicas que possam dissuadir os fazedores do crime, de prosseguirem a actividade criminosa?
Quanto mais agentes da autoridade precisam de ser agredidos ou injuriados, até que os fazedores da lei, se debrucem sobre a necessidade de proteger os mesmos, adoptando medidas adequadas para dissuadir a prática do crime, sendo esta também uma forma de fazer com que os agentes da autoridade se sintam motivados para o cumprimento da sua missão.