Têm 50, 60 anos e são a nova geração de avós.
Com frequência passam por mães dos seus netos e é com orgulho e o ego muito massajado, que dizem:
-Não é meu filho é meu neto/a!
São as avós do séc. XXI.
Muitas vezes ainda profissionalmente ativas, cheias de objetivos e sonhos.
Com um ou mais casamentos, divorciadas ou e apenas porque assim o decidiram orgulhosamente sós e independentes.
Conduzem, viajam e têm o seu grupo de amigas, que por sua vez são as tias emprestadas da criançada.
Vão buscar os netos à escola e cantam com eles no carro, adoram de vez em quando passar o fim de semana, aconchegá-los e adormecer em conchinha a acariciar a pele de pêssego e respirar aquele perfume, que nunca se esquece …o de bebê.
As avós do século XXI, são informadas, discutem política, arte, cinema, vão ao teatro a concertos e organizam jantares.
Partilham com as amigas as suas vivências familiares e amorosas. Saem juntas para fazer compras e, nunca deixam de passar na secção infantil, onde se perdem completamente e onde se permitem não ter o menor senso, porque nada é demais para os seus pequeninos.
Estas avós, têm imensas histórias para contar aos seus netos. São mulheres que viveram. Que para além de terem sido mães não esqueceram a sua feminilidade.
Cresceram nos anos 80/90, os anos de ouro da música, da Madonna, do Prince do Mickael Jackson e dos Rolling Stones, viveram a febre de sábado à noite, usaram mini saia e o cabelo apanhado num totó caído de lado.
São mulheres modernas.
Mas o que não passa, nem muda é o doce e eterno estatuto de avó.
A casa sempre aberta, o pote com bolachas, a sopa passada e o prato preferido.
Mas e especialmente o colo e aquele abraço tão apertado, que não se sabe onde acaba a avó e começa o neto.