Resposta a Miguel Dias sobre João Afonso

Resposta a Miguel Dias sobre João Afonso

Resposta a Miguel Dias sobre João Afonso

22 Novembro 2024, Sexta-feira
Vice-Presidente da comissão Política do PSD Montijo

A opinião de Miguel Dias, ao escrever sobre João Afonso na sua forma de fazer política pela mensagem cultural que transporta aos montijenses, é segundo o autor, desassustada e paupérrima.
Escreve como se fosse salvar a vida cultural de alguém. Provavelmente a sua própria vida.
Tenho sido testemunho do trabalho de João Afonso nestes últimos três anos, na cidade de Montijo, nos bairros socias, nas freguesias, nas várias associações: culturais, moradores, associações de povos imigrantes a viverem no montijo e ouvi-los das suas dificuldades.
Ouvir estas gentes e transportar para as sessões de câmara os seus gritos não é sobre ser inconsequente, mas compreender que nem tudo na vida precisa fazer sentido.
Ter medo de arriscar coisas novas, como é o caso do executivo socialista, em se abrir para outros lugares, ter mundo, novos olhares, novas ideias é normal para nós que o acompanhamos há três anos.
O legítimo em todo este discurso, é entender que isso é a vida, e as experiências de cada um estão aí para serem vividas.
É impossível ser forte o tempo todo. Nos altos e baixos da vida, nós temos muitos momentos de tristeza e insegurança.
Mas lembre-se Miguel Dias de que eles só vão abater João Afonso, se a equipa que o rodeia o permitir.
Muitas vezes essa é a maneira de a vida nos ensinar lições muito valiosas que não teríamos aprendido de outra forma.
As várias intervenções de João Afonso nas sessões de Câmara demonstram um intenso debate sobre o que é “ser ele próprio e sentir que está a defender os mais indefesos”.
Quando cita as suas personagens nos debates com o executivo, é algo muito importante como estar na vida política: refletir sobre quem somos neste concelho e, assim, encontrar melhores formas de “ser” alguém.
Meu caro Miguel Dias, muito da nossa cultura, mesmo a mais introspetiva e pensante de João Afonso, parece ter a ver com o fato de se sentir deslocado em alguns aspetos da cultura que defende para o Montijo, a cultura Woke nomeadamente.
A nossa equipa vem demonstrando a importância em achar o seu lugar no concelho, em buscar lugares, pessoas, hábitos que possam escolher como pessoas e dar um sentido maior à vida no concelho de Montijo.
Encontramos nas nossas visitas a todo o concelho, pessoas que sofrem, como todas as pessoas do mundo, as mesmas dores e os mesmos desejos.
A cultura que defende, o seu círculo de amigos, não é exatamente igual à nossa, as relações humanas são tudo para nós, sendo necessário muitas vezes, reiterar sentimentos que no dia a dia, ficam descurados e omissos, é o (re)aprender a ser livre.
Nas nossas visitas às freguesias quantas vezes as pessoas que nós cruzamos se anulam para não serem excluídos nos nossos padrões sociais que ninguém até hoje ao nível do executivo não ajudaram para que esta realidade não seja possível.
O recusar as suas culturas originais, o que não faz bem aquelas pessoas, imigrantes nomeadamente de muitos países, que não tínhamos a menor ideia de onde vinham, é comungar a liberdade para nós próprias e para aquelas pessoas, de culturas bem diferentes da nossa e que pouca gente respeita, é só ver a agenda cultural da Câmara concebida pela empresa Mascarenhas-Martins, onde a importância dos espetáculos produzidos são de pouca relevância, demonstrada pela assistência pouco significativa.
Um quebra-cabeça, na nossa equipa, é a fugacidade em que João Afonso reconhece a importância de viver intensamente, aproveitando cada instante, o solidarizar e tentar compreender os sofrimentos dos montijenses, os mais frágeis naturalmente, os problemas socias que aí advém, aí, o nosso habitat cultural, é repleto de gatilhos que segundo João Afonso, podem gerar mudanças, é sentir raiva diante das injustiças e dores neste executivo inoperacional, talvez esse sentimento das pessoas seja útil como uma forma de enfrentar a realidade e tomar uma ação para a mudança.
Na sua narrativa todo o sentimento produzido por João Afonso é ruim, para nós enquanto equipa, nem todo o sentimento ruim é totalmente ruim, podemos usá-lo a nosso favor. (Lispector, 1960)

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