Como foi sublinhado pelo PCP na recente reunião da sua Direção da Organização Regional de Setúbal, a situação no país e na região, exige uma resposta urgente aos problemas e ao agravamento da situação económica e social. É necessária uma política de valorização dos salários e direitos dos trabalhadores, de apoio efetivo às micro, pequenas e médias empresas, ao pequeno comércio, ao sector da restauração e aos profissionais e promotores da cultura.
Os desenvolvimentos em diversas empresas da região como seja a Lauak ou Mecahertz têm levado à destruição de postos de trabalho e redução da capacidade produtiva exigem uma intervenção do Estado para defender os interesses nacionais.
As limitações à atividade por confinamento e a interrupção das atividades letivas presenciais exigem medidas de apoio, na proteção social e na salvaguarda da remuneração a 100 por cento aos trabalhadores que estão nessas situações e aos que necessitam de apoio à família.
Merecem a nossa solidariedade todos os que têm sido vítimas da pandemia e seus familiares, bem como os profissionais de saúde e todos trabalhadores que todos os dias asseguram serviços.
É urgente o reforço da estrutura de saúde pública, da proteção sanitária nos locais de trabalho e transportes – um urgente reforço do Serviço Nacional de Saúde com mais profissionais e meios técnicos, acionando os instrumentos legais para mobilizar a capacidade instalada sob uma direção única, coesa e centralizada na gestão de recursos, por parte do SNS e não do negócio da doença, e manifesta particular preocupação com as dificuldades encontradas pelos hospitais e centros de saúde da nossa região, face às grandes exigências que lhe são impostas na resposta aos doentes no contexto da pandemia.
Todas essas dificuldades refletem dezenas de anos de desinvestimento no SNS levado a cabo por sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Exemplos concretos que as populações conhecem bem: a não construção do Hospital do Seixal e do Novo Hospital do Montijo, a não ampliação do Hospital Garcia de Orta e São Bernardo a ausência de obras em muitos centros de saúde e a não construção o de os que se encontram em falta em diversos concelhos, e a não admissão de médicos enfermeiros e outros técnicos que resulta no enorme número de utentes sem médicos e enfermeiros de família em todos concelhos.
O processo de vacinação deve avançar o mais rapidamente possível e em segurança. E aqui há que salvaguardar em primeiro plano a vacinação dos profissionais de saúde, bombeiros e de todos aqueles que todos os dias são necessários para dar resposta à epidemia e dos grupos prioritários em função de critérios de saúde.
Devem ser repudiadas e condenadas atitudes como as tomada pela Diretora da Direção Regional da Segurança Social de Setúbal, ou por membros dos corpos sociais de Misericórdias como a do Montijo ou Canha, de se incluírem a si e a outros não previstos nos critérios e prioridades definidos na lista de elementos destes serviços a vacinar.
Principalmente, o Governo deve intervir no sentido do seu esclarecimento e correção de procedimentos de modo a que não se repitam mais situações destas que colocam em causa o plano de vacinação, geram insegurança e potenciam o ataque ao SNS.