Prosseguir a luta por uma vida melhor

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Prosseguir a luta por uma vida melhor

3 Fevereiro 2021, Quarta-feira
Bruno Dias

Como foi sublinhado pelo PCP na recente reunião da sua Direção da Organização Regional de Setúbal, a situação no país e na região, exige uma resposta urgente aos problemas e ao agravamento da situação económica e social. É necessária uma política de valorização dos salários e direitos dos trabalhadores, de apoio efetivo às micro, pequenas e médias empresas, ao pequeno comércio, ao sector da restauração e aos profissionais e promotores da cultura.

Os desenvolvimentos em diversas empresas da região como seja a Lauak ou Mecahertz têm levado à destruição de postos de trabalho e redução da capacidade produtiva exigem uma intervenção do Estado para defender os interesses nacionais.

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As limitações à atividade por confinamento e a interrupção das atividades letivas presenciais exigem medidas de apoio, na proteção social e na salvaguarda da remuneração a 100 por cento aos trabalhadores que estão nessas situações e aos que necessitam de apoio à família.

Merecem a nossa solidariedade todos os que têm sido vítimas da pandemia e seus familiares, bem como os profissionais de saúde e todos trabalhadores que todos os dias asseguram serviços.

É urgente o reforço da estrutura de saúde pública, da proteção sanitária nos locais de trabalho e transportes – um urgente reforço do Serviço Nacional de Saúde com mais profissionais e meios técnicos, acionando os instrumentos legais para mobilizar a capacidade instalada sob uma direção única, coesa e centralizada na gestão de recursos, por parte do SNS e não do negócio da doença, e manifesta particular preocupação com as dificuldades encontradas pelos hospitais e centros de saúde da nossa região, face às grandes exigências que lhe são impostas na resposta aos doentes no contexto da pandemia.

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Todas essas dificuldades refletem dezenas de anos de desinvestimento no SNS levado a cabo por sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Exemplos concretos que as populações conhecem bem: a não construção do Hospital do Seixal e do Novo Hospital do Montijo, a não ampliação do Hospital Garcia de Orta e São Bernardo a ausência de obras em muitos centros de saúde e a não construção o de os que se encontram em falta em diversos concelhos, e a não admissão de médicos enfermeiros e outros técnicos que resulta no enorme número de utentes sem médicos e enfermeiros de família em todos concelhos.
O processo de vacinação deve avançar o mais rapidamente possível e em segurança. E aqui há que salvaguardar em primeiro plano a vacinação dos profissionais de saúde, bombeiros e de todos aqueles que todos os dias são necessários para dar resposta à epidemia e dos grupos prioritários em função de critérios de saúde.

Devem ser repudiadas e condenadas atitudes como as tomada pela Diretora da Direção Regional da Segurança Social de Setúbal, ou por membros dos corpos sociais de Misericórdias como a do Montijo ou Canha, de se incluírem a si e a outros não previstos nos critérios e prioridades definidos na lista de elementos destes serviços a vacinar.

Principalmente, o Governo deve intervir no sentido do seu esclarecimento e correção de procedimentos de modo a que não se repitam mais situações destas que colocam em causa o plano de vacinação, geram insegurança e potenciam o ataque ao SNS.

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