Promessas perdidas escritas no ar

Promessas perdidas escritas no ar

Promessas perdidas escritas no ar

24 Outubro 2023, Terça-feira

Utilizo como título do meu artigo de opinião parte da letra de um dos maiores sucessos do autor, compositor e intérprete Pedro Abrunhosa, artista que encerrou a Feira de Santiago do presente ano.

E o título não podia estar mais de acordo com o que tem sido a ação do Município de Setúbal relativamente às obras de saneamento básico na freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra.

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A população desta freguesia situada no lado nascente do concelho de Setúbal, tem sido constantemente desconsiderada por promessas não cumpridas relacionadas ao saneamento básico.

Ao longo dos anos o saneamento básico tem sido uma bandeira eleitoral e promessa não cumprida por parte da CDU e por vários presidentes da câmara e de freguesia.

Já no presente mandato, o presidente da CMS, André Martins, garantia, em Julho de 2022, durante a visita realizada à freguesia no âmbito do programa “Ouvir a População, Construir o Futuro”, que a melhoria das condições de abastecimento de água e saneamento das Pontes é uma das prioridades para o Município de Setúbal. No passado dia 21 de Setembro de 2023, em reunião com a população, no salão da CHE Força de Todos, o vereador Carlos Rabaçal, em nome do município, garantia que as obras se iniciariam dentro de 15 dias, na Rua dos 7 Olhos, e que essa primeira fase se desenvolveria pela rua Baía do Sado até ao estabelecimento com o mesmo nome.

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Ora, passados mais de 30 dias, tudo permanece igual. Nem obras, nem saneamento.

Os diversos executivos CDU têm demonstrado uma completa falta de compromisso com esta comunidade, deixando-a numa situação de precariedade e abandono. É essencial que levantemos a nossa voz de descontentamento diante dessa negligência.

A infraestrutura básica de saneamento é um direito fundamental a que todas as pessoas devem ter acesso. O tratamento adequado dos resíduos sólidos e o fornecimento de uma rede de esgoto eficiente são factores essenciais para garantir uma vida saudável e digna para a população. No entanto, em Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, a realidade é bem diferente.

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Há anos, o Município de Setúbal tem feito promessas vazias de investimentos no saneamento básico, alimentando falsas esperanças aos moradores. Essas promessas, no entanto, têm-se mostrado apenas “promessas perdidas escritas no ar”, sem qualquer acção efectiva para melhorar as condições de vida da população.

A ausência de saneamento básico adequado em Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra é uma afronta à dignidade dos seus residentes. A falta de colecta e tratamento adequado de esgotos tem levado à existência de descargas ilegais nos terrenos e linhas de água causando mau cheiro e a degradação ambiental. Essa situação não só compromete a saúde dos cidadãos, mas também prejudica a imagem da freguesia e a qualidade de vida de todos os que nela residem.

Não é justo que os moradores de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra sofram com esta negligência. Enquanto cidadãos, pagamos os nossos impostos regularmente e esperamos que o poder público cumpra com as suas responsabilidades. O Município de Setúbal, no entanto, tem se mostrado indiferente aos problemas vividos pela população e não tem prestado as devidas contas sobre o não cumprimento das suas promessas.

É lamentável e inaceitável o abandono do Município de Setúbal em relação ao saneamento básico em Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. A população desta freguesia merece respeito e dignidade e a falta de investimentos nessa área essencial é uma clara violação dos seus direitos fundamentais.

Os moradores de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra não podem mais ser tratados como cidadãos de segunda classe. Chegou o momento de nos unirmos e exigirmos acções concretas por parte do Município de Setúbal. A saúde e o bem-estar da nossa comunidade estão em jogo, e devemos lutar por melhorias imediatas no saneamento básico.

A promessa não cumprida é mais do que uma decepção; é uma traição à confiança depositada pelo povo. Não podemos permitir que nossos direitos sejam achincalhados e que as nossas vozes não sejam ouvidas. É hora de agirmos e exigirmos responsabilidades daqueles que governam o município há mais de 20 anos!

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