Eis, pois, que começou um novo ano letivo. Para os alunos que agora começam, ou recomeçam, o seu processo formativo consubstancia uma nova aventura que lhes vai abrir portas para o futuro. Que sejam muito felizes e aproveitem todos oportunidades para desenvolverem as suas competências e adquirirem novas aprendizagens.
A Escola Pública gratuita, de qualidade e para todos continua a ser mola impulsionadora de sonhos. Ora, a diversidade é uma das maiores virtudes da Escola Pública, a qual fez nos últimos anos um percurso de gigante no caminho da Inclusão. A publicação do Decreto-Lei nº 54/2018, o qual visa responder às necessidades e potencialidades de todos e de cada um, através do aumento da participação nos processos de aprendizagem e na vida da comunidade educativa é disso um claro reflexo. Esta é a escola que tem vindo a ser construída para todos e que se afirmou como um verdadeiro elevador social. Contudo, uma neblina surge neste início de ano letivo, e que já se vem repetindo nos últimos anos, a preocupante falta de docentes para diversos grupos de recrutamento. Esta não é uma questão de simples solução, para a qual o anterior Governo já havia tomado algumas medidas, embora ainda insuficientes, mas que atual prometeu resolver com o milagre da solução instantânea ou um passo mágico de uma qualquer cartola, mas que mais não passou de uma enganadora promessa.
No mesmo caminho de desnorte, vem agora o Governo anunciar que todos os currículos irão ser revistos, não obstante alguns terem sido nos últimos dois anos. Fazendo tábua rasa do Decreto – Lei nº55/2018 que veio estabelecer os princípios orientadores da sua conceção, operacionalização e avaliação das aprendizagens, o Governo de direita tenta agora inovar dando passos atrás, criando instabilidade no corpo docente, pais e alunos com as alterações que estão a ser forjadas para os grupos disciplinares. Mas e quanto às metodologias? Na verdade, nos últimos anos as escolas foram incentivadas a inovar nas suas metodologias e, com a devida autonomia, foi-lhes permitido adequar o ensino à realidade, necessidades e motivações dos seus alunos.
Agora, com este Governo PSD/CDS, assistimos a mais um incompreensível recuo, com o desaconselhamento na utilização de algumas ferramentas tecnológicas e questionamento do projeto dos Manuais Digitais, ignorando, assim, os inúmeros projetos de inovação desenvolvidos por centenas de escolas no país e que muito trabalho e fundamentação requereu de centenas de professores. Mas o ano já começou, e apesar da impreparação do Governo, a comunidade escolar (professores e pessoal não docente, pais e alunos) irão fazer o seu melhor e garantir que a escola pública continuará a cumprir os seus objetivos. A toda a comunidade educativa, aos nossos alunos e aos nossos professores, votos de um fantástico ano letivo de 2024/2025 e de boas aprendizagens!