PENSAR SETÚBAL: Pedregulhos no Parque Urbano de Albarquel: Um perigo à espreita

PENSAR SETÚBAL: Pedregulhos no Parque Urbano de Albarquel: Um perigo à espreita

PENSAR SETÚBAL: Pedregulhos no Parque Urbano de Albarquel: Um perigo à espreita

, Professor
2 Outubro 2023, Segunda-feira
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O Parque Urbano de Albarquel (PUA) é um local muito agradável, aprazível, virado para o rio Sado e para o Oceano Atlântico. Longe vão os tempos em que era um local de estacionamento e permanência de roulottes, conferindo-lhe um ar confuso e atafulhado.
Agora está bem melhor, embora se note ainda uma acentuada falta de coerência entre as várias partes que compõem a zona ribeirinha poente, assunto que já tinha sido tratado noutras crónicas anteriores.
Quanto à zona ribeirinha nascente, junto ao Jardim da Beira-Mar, todo esse espaço requer uma intervenção de fundo que ainda não foi realizada.
Teria a ver também com construção da tal quimérica marina, tão falada e tão sucessivamente adiada.
Este assunto e outros serão devidamente escalpelizados noutras crónicas posteriores.
Regressemos então ao(s) nosso(s) problema(s); entre o fim da Praia da Saúde e o PUA encontram-se os antigos estaleiros navais, também conhecidos como Terminal 7, cujos edifícios foram reconvertidos num centro náutico.
Esses edifícios, tal como estão, para além de degradados, constituem um obstáculo físico, longitudinal e transversal, relativamente ao sentido do rio, condicionando a ligação pedonal e rodoviária entre a Praia da Saúde e o PUA, com estreitamento acentuado da faixa de rodagem.
Junto a esses edifícios, toda a zona pedonal envolvente é uma perfeita vergonha, com a existência de buracos, areia, pedras soltas e detritos, o que contribui para uma acentuada irregularidade do pavimento, desconforto na locomoção pedonal, sujidade no calçado, nos pés e um péssimo aspecto visual numa zona nevrálgica atravessada diariamente por largas centenas de pessoas.
Tenho também muita dificuldade em compreender como se mantém o referido espaço neste estado lamentável, degradado, sujo e nada cuidado.
Neste espaço de opinião já alertei, de forma continuada, para o piso vergonhoso de toda essa zona, mas lá continua, sem qualquer alteração, perante o desconforto de muitos e o desinteresse de quem devia resolver há muito tempo esta situação, que nem sequer é de difícil resolução.
Uns bons calceteiros, umas correcções no piso e a coisa resolvia-se. Assim é que não.
Falta também estabelecer uma ligação pedonal entre o PUA, a praia e o Forte de Albarquel, agora que finalmente foi recuperado num espaço cultural e de lazer, mas com horário de funcionamento muito reduzido.
Hoje é aqui que me pretendo concentrar e para o qual chamo a vossa especial atenção.
Na maré baixa, fica a descoberto uma praia contínua entre o PUA e o pontão que segura as areias da praia de Albarquel, colocado quando a referida praia foi, em muito boa-hora, artificialmente aumentada.
Essa praia é muito agradável. Sempre que aí vou e a maré está baixa, descalço os sapatos (se tiver fato de banho, vou mesmo ao dito cujo) e atravesso todo o areal até à Praia de Albarquel, para lá e para cá.
Atravessando toda a praia existe uma falésia calcária, contendo rochas fossilíferas que fazem as delícias de um geólogo amador, como é o meu caso.
Tal como todas as falésias de natureza calcária, as rochas que a compõem são bastante friáveis, pelo que se vão progressivamente formando fissuras, que ao longo do tempo aumentam.
Recentemente, uma pequena, mas importante secção dessa falésia desabou, constituindo não só um perigo para quem circula, como impedindo a passagem até ao derradeiro troço que faz a ligação com a Praia de Albarquel.
Não desabou tudo; encontra-se ainda um enorme pedregulho, com uma fissura vertical, de acentuada perigosidade, tal como mostra a fotografia:

 

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Urge retirar o pedregulho o mais rapidamente possível daquela zona, uma vez que, na maré baixa, toda a praia é diariamente atravessada por centenas de pessoas, aumentando exponencialmente a perigosidade.
Quanto aos restantes, constituem também um perigo potencial, para além de impedirem a passagem, como vimos atrás.
Na minha opinião, seria necessário procurar estabilizar a falésia e também estabelecer uma ligação pedonal, do tipo passadiço, entre o PUA, a praia e o Forte de Albarquel.
Ficam aqui as sugestões.

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