PENSAR SETÚBAL: O 50º aniversário da viagem à Lua

PENSAR SETÚBAL: O 50º aniversário da viagem à Lua

PENSAR SETÚBAL: O 50º aniversário da viagem à Lua

, Professor
17 Fevereiro 2020, Segunda-feira
Giovanni Licciardello - Professor
Giovanni Licciardello – Professor

 

Embora com algum atraso, decorrente de imperativos pessoais associados à sequencialidade e actualidade das crónicas,  ainda assim entendo que devo assinalar devidamente a passagem do quinquagésimo aniversário da viagem à Lua.

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Tinha nove anos e terminado recentemente a minha 4ª classe, no Externato Luísa Todi, em Setúbal. Nessa madrugada, de 20 para 21 de Julho de 1969, em minha casa, ninguém dormiu. Nem em Setúbal, nem no País, nem um pouco por todo o lado, no nosso planeta Terra, com olhos e ouvidos colados ao televisor.

A RTP (só havia um canal nessa altura) efectuou nessa madrugada uma edição especial, com o jornalista José Mensurado, para acompanhar em directo os principais acontecimentos referentes à primeira ida de um ser humano à Lua.

As imagens da televisão estavam desfocadas e os vultos eram vagamente perceptíveis.

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Todavia a excitação era genuína. O sono já não existia nessa altura. Meus Pais disseram-me que estávamos a assistir ao desenrolar da História em directo.

Finalmente um vulto a descer as escadas e a famosa frase “ Um pequeno passo para o homem; um grande passo para a Humanidade”

A partir daí, os nomes de Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins tornaram-se mundialmente famosos na histórica missão Apollo 11, que pousou na Lua.

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Collins permaneceu no módulo de comando em órbita, enquanto Armstrong e Aldrin fizeram a alunagem a bordo do módulo Eagle, no chamado Mar da Tranquilidade. “Houston, aqui base da Tranquilidade. A águia pousou”, disse Armstrong.

Primeiro desceu Armstrong. A seguir Aldrin juntou-se-lhe e ambos passaram duas horas a caminhar saltitantes sobre a superfície lunar, recolhendo rochas e tirando fotografias, a 380 mil quilómetros da Terra.

Apaixonado pela aviação desde a infância, Neil Armstrong foi piloto militar entre 1949 e 1952, tendo estado envolvido na Guerra da Coreia.

Em 1962, passou para a NASA, tendo comandado a missão Gemini 8, em 1966, e três anos depois, foi destacado para liderar a missão Apollo 11. Enquanto guiava o módulo lunar em direcção à superfície, os sensores no seu corpo registavam uma pulsação de 150 batimentos por minuto.

Armstrong permaneceu na NASA por mais dois anos. Reformou-se em 1971 e até 1979 foi professor na Universidade de Cincinnati.

Edwin Aldrin estudou engenharia mecânica na Academia Militar dos Estados Unidos, onde se formou em 1951. Entrou na Força Aérea  e actuou como piloto de caça durante a Guerra da Coreia. Em 1963 doutorou-se em aeronáutica pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, tendo sido seleccionado nesse mesmo ano, para o grupo da astronautas da NASA.

Michael Collins estudou na Academia Militar dos Estados Unidos e formou-se em 1952, decidindo também entrar na Força Aérea. Actuou como piloto de caça nos anos seguintes e em 1960 foi aceite na Escola Experimental de Pilotos de Teste da Força Aérea. Em 1966 ingressou para o grupo de astronautas da NASA.

Nessa viagem épica, Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins levaram-nos a todos. Levaram também consigo Aristóteles, Copérnico, Fernão de Magalhães, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Cristóvão Colombo, Galileu, Leonardo da Vinci, Marco Polo, Isaac Newton, Albert Einstein, Roald Admunsen, Edmund Hillary, Wilbur e Orville Wright, Charles Lindberg, Yuri Gagarine, Stephen Hawking e tantos outros.

Aquele momento, ocorrido em 1969, cristalizado para sempre na memória humana, representou o Homo sapiens sapiens que, proveniente das profundezas da evolução humana, sonhou, pensou, reflectiu, arriscou, agiu e deu, com aquele passo real e metafórico, um significativo passo em frente na história da Humanidade.

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