PENSAR SETÚBAL: Leonor: 25 anos de vida e de sócia do Vitória

PENSAR SETÚBAL: Leonor: 25 anos de vida e de sócia do Vitória

PENSAR SETÚBAL: Leonor: 25 anos de vida e de sócia do Vitória

, Professor
23 Dezembro 2019, Segunda-feira
Giovanni Licciardello - Professor
Giovanni Licciardello – Professor

 

A minha filha Leonor perfez em Outubro deste ano de 2019, 25 anos de idade. Os mesmo de vida, que de sócia do Vitória.

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Aliás, antes mesmo de ter sido registada, já eu tinha feito do percurso entre o Hospital de S. Bernardo, onde nasceu, até à gestão de sócios, para que fosse feita associada do Vitória Futebol Clube. Só depois é que fui à Conservatória do Registo Civil.

Tal como aconteceu com as restantes irmãs, Madalena e Vera.

Um dos momentos que a Leonor recorda com muita saudade e alegria, foi em Maio de 2005, no Estádio Nacional, onde o Vitória venceu o Benfica por 2-1, golos de Manuel José e de Meyong, conquistando com muito mérito aquela que seria a sua terceira Taça de Portugal. O treinador era José Rachão. A Leonor tinha 10 anos.

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Outro momento que recorda também com muita satisfação, foi em 2008, quando o Vitória venceu o Sporting por 3-2, conquistando a primeira Taça da Liga, no Algarve, no prolongamento e desempate por grandes penalidades, onde o guarda-redes Eduardo foi o herói da noite, defendendo três penaltis.

Marcaram pelo Vitória, Auri, Elias e Cláudio Pitbull. O treinador era Carlos Carvalhal. A Leonor tinha 13 anos.

Nesse dia, em Abril, no Algarve, fazia um frio de rachar.

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Durante a Gala do 109º Aniversário do Vitória Futebol Clube, realizada a 20 de Novembro de 2019, a Leonor recebeu in absentia, o emblema de sócia de prata do nosso Enorme Vitória Futebol Clube, uma vez que se encontra a fazer o Doutoramento na Universidade de Birmingham, em Inglaterra, motivo pelo qual tive de ser eu a receber o seu emblema de sócia do Vitória.

Portanto, é uma cidadã do Mundo. Fez Erasmus na República Checa e mestrado em Dundee, na Escócia.

Em Maio deste ano, deslocou-se à Índia para assistir a um casamento de uma amiga indiana, que conheceu em Dundee.

Visitou Goa e pôde constatar a proverbial simpatia e afecto que os goeses ainda nutrem pelos portugueses, cinquenta e oito anos após termos sido obrigados a deixar a região, em circunstâncias dramáticas, e esse território passar a fazer parte da União Indiana, como seria historicamente expectável.

A Leonor conheceu cidadãos goeses com apelidos portugueses, ostentando-os com muita satisfação e orgulho.

Com a sua permanência no estrangeiro, como Pai, sou invadido por uma série de sentimentos ambivalentes, desencontrados e aparentemente contraditórios.

Se por um lado, gostava de tê-la mais perto, compreendo perfeitamente que com a evolução das nossas sociedades, provocada pela globalização, os nossos jovens deixam muitas vezes o nosso país, na demanda de melhores condições que não encontram, infelizmente, no país de origem.

Todavia, considero ser um perfeito desperdício de energias e de recursos, deixarmos que os nossos jovens mais qualificados saiam para o estrangeiro, colocando os seus talentos noutro local, que agradecem o esforço e que os aproveitam.

Esbanjar dinheiro dos contribuintes portugueses a formar quadros condenados à emigração, é o investimento mais ruinoso que se pode fazer.

Mas isso são contas de outro rosário. Hoje é da Leonor e do Vitória que estou a falar.

A Leonor assistiu em directo, via Facebook, à Gala de aniversário do nosso Vitória e viu o Pai a receber o seu emblema de prata, com muita alegria e emoção.

Ser vitoriano é ser setubalense duas vezes. Não nos devemos nunca esquecer disso.

Os votos sinceros de um Feliz Natal e de um próspero Ano Novo de 2020.

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