Pensar Setúbal: As três rotundas novas na cidade

Pensar Setúbal: As três rotundas novas na cidade

Pensar Setúbal: As três rotundas novas na cidade

, Professor
20 Março 2023, Segunda-feira
Professor

Com o significativo aumento do parque automóvel em Setúbal, as rotundas constituem sempre uma forma preferencial de circulação e escoamento rodoviário, junto a locais de confluência, em detrimento dos cruzamentos com semáforos.
Estes, para além de gastarem energia, provocam uma paragem forçada das viaturas.
Pelo contrário, as rotundas permitem que os condutores se auto-regulem, proporcionando uma constante fluidez do trânsito, maior rapidez no acesso e circulação nas mesmas.
Hoje iremos analisar três rotundas que foram recentemente criadas em Setúbal: A rotunda dos Ciprestes, a da Praça do Brasil e a de Montalvão.
Vamos à primeira. A rotunda dos Ciprestes localiza-se num local preferencial de entrada/saída da cidade, nas direcções Norte, Sul, Poente e Nascente respectivamente, para Aires, Palmela (EN 525), para o centro da cidade, para a Azinhaga de S. Joaquim, para os bairros residenciais e para as auto-estradas A1 e A2.
A Estrada dos Ciprestes tem vindo a ser sucessivamente intervencionada, com o objectivo de torná-la mais escorreita, com novos e importantes ramais de ligação e rotundas que lhe confere uma importância rodoviária e pedonal acrescida.
Deveria proporcionar um escoamento rápido e eficaz, para quem chega e quem sai.
Todavia, não é o que acontece actualmente.
No fim da Estrada dos Ciprestes e no início da EN 525, colocaram uma rotunda oval que evidencia mau planeamento.
O primeiro constrangimento diz respeito aos acessos à Estrada dos Ciprestes, próximo da rotunda. Quem circula na rua Álvaro Félix, próximo da Igreja nova, encontra ainda sinalização provisória amarela no pavimento que parece ter-se tornado definitiva.

Existe também um prédio térreo, localizado do lado esquerdo, relativamente a quem se dirige para Palmela, onde se encontra uma loja de flores que está completamente desalinhado relativamente aos restantes edifícios aí existentes, ocupando toda uma faixa de rodagem.
Por outro lado, verifica-se um estreitamento exagerado da via, para colocar uma ciclovia e uma passagem pedonal.
Tudo isto contribui para que existam apenas dois sentidos de trânsito nos acessos à rotunda, o que condiciona fortemente a circulação rodoviária, principalmente em horas de ponta, com a formação de longas filas.
Como se não bastasse, o arco rodoviário que rodeia toda a rotunda oval, possui somente uma faixa de rodagem, quando deveria ter duas.
Quanto a mim, diminuía-se a ciclovia, a passagem pedonal e estreitava-se a rotunda. Assim como está e, ao que tudo indica, irá ficar, é que se me afigura descabido e não resolve o problema da fluidez do transito, como seria espectável.
Quem circula na rotunda, acaba inevitavelmente por passar com a viatura por cima do empedrado negro que serve como moldura decorativa, mas que acaba por se constituir como uma segunda faixa de rodagem.
Como se não bastasse, a rotunda apresenta-se repleta de areia, pedras, restos das obras efectuadas e vegetação espontânea, evidenciando um ar desmazelado, nada cuidado, constituindo um péssimo cartão de visita para quem chega e para quem circula aí regularmente, como é o meu caso.
Vejam o bom exemplo de Viseu. Rotundas todas decoradas a preceito, utilizando diversa vegetação de forma harmoniosa.
O mesmo problema se coloca com a rotunda em Montalvão. A ideia de colocarem aí uma rotunda é correcta, uma vez que proporciona uma maior fluidez no trânsito, evitando a circulação no bairro de Montalvão, nomeadamente para quem pretende entrar/sair da cidade; para esse efeito, utiliza-se a Estrada dos Arcos.
O problema diz respeito aos autocarros das carreiras públicas que não conseguem utilizá-la, sem passarem por cima do empedrado. Recomenda-se, portanto, um estreitamento da rotunda.
A rotunda da Praça do Brasil está bem concebida, possui duas faixas de rodagem e o trânsito flui com toda a naturalidade. Contudo, apresenta o mesmo ar desleixado que a da Estrada dos Ciprestes, acrescido do material que sobrou das obras (que se eternizam naquele local, nomeadamente no estacionamento que serve de estaleiro) e que contribui para um acentuado mau aspecto.
Ficam aqui as sugestões.

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