(…) Ensinaste-nos tudo, a amar o próximo, a ajudar quem precisa, a tomar conta do ambiente, a cair mas a levantar, a voar mesmo com medo, mas acima de tudo “a deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos”, só não nos ensinaste a viver sem ti (…)”
Ana Catarina
A morte não escolhe tempo, nem modo, nem pede licença. Muitas vezes chega de repente, entra de rompante e vai-se embora, com a mesma rapidez com que chegou.
Todos nós já a sentimos muito perto, por diversas vezes, arrancando-nos do nosso seio, os nossos entes mais queridos.
Desta vez foi o nosso querido João Paulo, o JPAF, como carinhosamente o chamávamos, sempre que nos encontrávamos.
Amigo e colega desde os tempos da Universidade. Percursos comuns, afectos comuns, partilhados com os restantes amigos da licenciatura em Engª do Ambiente, da qual fazíamos parte.
Passados todos estes anos, continuamos a encontrar-nos regularmente.
Esta turma é uma turma especial, constituída por gente do melhor que existe. Gente alegre, intensa, emotiva, que nos resgatam e que nos fazem ter um apreço especial pela vida e pelas amizades fortes e duradouras.
O João Paulo fazia intrinsecamente parte deste todo que se entrecruza e se completa.
Em Junho passado, quando estivemos todos juntos em casa da Lena, comemorando os quarenta anos da licenciatura, rimo-nos, abraçámo-nos. Efusivamente.
Quando estamos juntos existe sempre um brilhozinho nos olhos de todos nós.
O Mário fez um discurso muito intenso e emotivo, onde manifestou o Amor e o Carinho que sentimos uns pelos outros, passados todos estes anos.
O bacalhau no forno que o João Paulo preparou para a ocasião, estava uma verdadeira delícia. Não resisti e repeti mais que uma vez a iguaria.
O João Paulo era um intelectual. Homem extremamente inteligente, distinto, sensível, culto, simples, despretensioso.
O João Paulo era professor na Universidade de Évora. Deixou pronto um livro sobre Ambiente, dedicado às crianças que será oportuna e devidamente publicado.
Ficam aqui algumas tristes e lamentosas mensagens deixadas pelos amigos:
“Queridas amigas e amigos infelizmente tenho uma notícia triste a dar-vos. O nosso João Paulo deixou-nos sozinhos à face da Terra. Não o esqueceremos, nunca.”
“Hoje é um dia triste para todos nós, partiu um dos nossos. Um forte abraço para todos, para a mulher, para os meninos e irmãos.”
“Depois do choque fica aquela sensação estranha de começar a morrer aos bocadinhos. E que afinal não somos imortais. Muito triste…”
“Faço minhas as vossas palavras… e partilho dos vossos sentimentos. O JPAF é um dos “nossos!”
“Viva o JPAF…”
“Que má notícia. Nem sei o que dizer. Abraço muito apertado à mulher e aos filhos.”
“Sem saber o que dizer, para além de que o João Paulo fez e fará sempre parte da minha e da nossa vida, só posso dar um abraço à mulher e aos filhos. “
“F*”
“Sem palavras e com grande tristeza . Um abraço apertado à mulher e filhos.”
“É mesmo. Sem palavras. Muito triste. Abraço à família.”
“Já está a fazer falta.”
Neste dia muito triste, um grande abraço à mulher e aos filhos”.
“Querido JPAF ❤️ que vazio e tristeza tão grande, mas para sempre no nosso coração, agora com menos brilho, sabedoria e graça… ”
“Beijos e grande abraço para a mulher e miúdos!”
“O JP era também um homem de múltiplos saberes e competências. Em 2010 o JP coordenou para a EPAL os manuais cujas capas reproduzo é que deram origem a exercícios de fogos controlados com a participação activa de municípios juntas de freguesia GNR. Infelizmente a entrada da Troika e mudança de estratégia da EPAL impediram a continuação do projecto. Por isso vale a pena lembrar o JP não só como o nosso amigo mas também como o técnico de visão integrada.”
“Querido João Paulo ❤️ sabia muito, lia muito, integrava tanto saber, um romântico, mega sensível, com um mundo interior enorme, Amigo, empenhadíssimo, mega honesto, tão tímido ☺️”
“E também meu Amado herói da Engenharia Natural ❤️com tanto Amor e entusiasmo como em todos os seus brilhantes talentos.✨”
Nestas ocasiões tristes e funestas, nada daquilo que se possa dizer, pode mitigar a sensação de desolação e de vazio que nos percorre a Alma.
Ficam as risadas, os momentos alegres, descontraídos e prazenteiros passados juntos.
O João Paulo levou consigo uma parte de nós; nós trazemos uma parte dele.
Irá sempre permanecer nas nossas memórias e nos nossos afectos.