Devemos ao Pinhal Novo e pinhalnovenses testemunhos de paixão desinteressada e transfigurante que quebre esta morrinha paralizante. Precisamos de políticas em torno dos espaços e populações, para progredirmos para uma consciência colectiva e outros conceitos de Vida e Felicidade. No seguimento penso:
1. Na necessidade de desenvolver políticas de sensibilização, consciência e valorização eco-ambiental do nosso território, potenciando formas culturais e educativas que unam os pinhalnovenses em torno de ideias avançadas. 2. Portanto, deve proceder-se à defesa de espaços e recursos naturais da nossa região, nomeadamente no que respeita à água. 3. Dotar a região de um conjunto de canais, preservando e utilizando os existentes, abrindo possibilidades de visitação e exploração cultural-ecológica dos mesmos, em interação com as populações. 4. Criar um corredor pedestre ao longo da vala/ribeira da Salgueirinha, ligando a serra/Freguesia da Q.ª do Anjo à charneca pinhalnovense. 5. Procurar recuperar o núcleo da maior reserva ecológica do concelho, no espaço da Salgueirinha – Lagoa da Palha, reactivando o seu antigo «Percurso pedestre» e placas camarárias. 6. Evitar a construção de uma variante na Fonte da Vaca/Carregueira (reservas agrícola e ecológica) 7. Avançar para a classificação, como área protegida local, do montado de Rio Frio. 8. Os procedimentos anteriores irão fortalecer a nossa coerência de viver em torno da defesa e divulgação de espaços como o chaparral, pinhais, animais, paisagem, linhas de água, etc, dando origem a uma identidade não desagregadora do território. 9. Abandonar o conceito de «cidade» das décadas passadas, modelo urbano ultrapassado, por forma a dotar a terra de uma urbanidade moderna e eco-ambiental, integrando campo e «cidade» e pessoas. 10. Estudar a possibilidade de criar colunas ou corredores ecológicios na vila, valorizando a terra e gerando interações cívicas e educativas nos cidadãos. 11. Proceder à reconversão urbana das ruas comerciais, devolvendo as ruas aos peões, para potenciar o encontro e convívio e valorizar o esforço dos lojistas, restituindo a vila às populações. 12. Dar atenção às partes antigas de Pinhal Novo, na possibilidade de recuperar e/ou classificar património. 13. Proceder a classificações patrimoniais no plano da cultura, arqueologia e natureza. 14. Libertar a terra, colectividades, associações, etc da agenda da autarquia/administração local, deixando às organizações/associações a liberdade de escolha, ação e criação. 15. Através de conversações aferir do interesse do CDPinhalnovense e do Pinhal Novo em reunir sócios e população, em sede própria, para convívio e animação da vila. 16. Criar um espaço ou Centro Cultural (CC), em Pinhal Novo, transparente e aberto a toda a população, em que qualquer cidadão livremente possa expor, debater, apresentar assuntos, trazendo à terra dinâmica cultural e ideias. Nesse CC o cidadão com interesse numa cultura aberta e independente do poder autárquico, será ajudado tecnicamente e não empatado e/ou estagnado… 17. Criar um sistema de incentivo aos espaços agrícolas, nomeadamente à distribuição e venda de suas produções, no mercado interno, entrando pela possiblidade de criar (até com outros concelhos) um «sistema de moeda local», o qual cativa o dinheiro à região. 18.Tornar o processo político local mais interventivo, transformando a participação, intervenção e opiniões dos cidadãos em decisão. Os cidadãos precisam de decidir e não só de votar, «participar»(?) e opinar! O poder, os recursos e dinheiro do estado não são dos partidos! Os partidos não devem ser os únicos decisores; podem e devem propor e ajudar a co-administrar o bem publico local (e nacional) … 19. Reduzir o poder autárquico ao seu espectro administrativo local, como instituição dinâmica ao seviço das populações, livre de opiniões de caserna, poderes paralelos, espécies de governo sombra, criando transparência total e aberta no acesso às funções e trabalhos da autarquia. O poder é de todo o Povo! 20. Os anteriores dezoito pontos, estarão incompletos e serão completos por aquilo que será usual qualquer autarquia fazer: administrar o bem público em função das suas competências.