Pela valorização da participação dos cidadãos no Concelho da Moita

Pela valorização da participação dos cidadãos no Concelho da Moita

Pela valorização da participação dos cidadãos no Concelho da Moita

25 Maio 2018, Sexta-feira

O PS apresentou na última Assembleia Municipal da Moita uma recomendação de implementação do Orçamento Participativo no nosso Concelho. Trata-se de um instrumento que tem sido introduzido em autarquias de todo o país, com realidades muito diferentes, e que tem provado ser um instrumento capaz de promover o exercício da cidadania, de contribuir para o debate público e o diálogo entre eleitores e eleitos, e de aprofundar a participação dos cidadãos na governação local.
Embora tenha uma retórica de valorização da participação, CDU tem no nosso Concelho recusado as propostas que são feitas no sentido de a promover. A recomendação de implementação do Orçamento Participativo no município não foi exceção, tal como o não foi quando o PS apresentou idêntico projeto na Assembleia de Freguesia da Moita em que, não tendo a CDU maioria absoluta, o seu voto contra não foi suficiente para chumbar a iniciativa.
A CDU fundamenta a sua posição no seu modelo de gestão participativa e participada. Este modelo tem-se revelado incapaz de promover uma efetiva participação dos cidadãos nos processos de decisão do município. E no último número da “Maré Cheia”, o Presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Garcia, faz referência à “democracia participada tal como a entendemos”, reafirmando o apego a esse modelo. Esta é na verdade uma formulação que expressa a opção da CDU por aquilo que é na verdade uma participação tutelada. E assim recusa sistematicamente qualquer novo mecanismo que não esteja submetido ao seu controlo.
A CDU vai porém mais longe e recusa que o orçamento participativo seja uma verdadeira participação. Face à evidência proporcionada pela experiência da implementação do orçamento participativo noutras autarquias, em que a dinâmica de participação é indesmentível, o que a CDU vem no fundo dizer é que os cidadãos pensam que participam, mas pensam mal.
Um verdadeiro compromisso com a valorização da participação dos cidadãos exigiria a procura de novas soluções, que vão ao encontro das pessoas e que demonstrem efetiva vontade de as envolver nos processos de decisão. O Orçamento Participativo permite cada cidadão a apresentação de propostas para fazer a diferença na sua comunidade, e garante a todos que também a decisão sobre as propostas apresentadas. É versátil quanto às formas de cada um fazer chegar o seu contributo, o que lhe permite chegar a mais pessoas e gera debate público.
Porque acreditamos numa cidadania robusta, livre e plural, e que a participação dos cidadãos é essencial para o bom funcionamento da democracia são necessários mecanismos que o assegurem, e o Orçamento Participativo é um bom exemplo desses mecanismos. Este é um tema vital, e o PS continuará a defender a participação de todos como uma prioridade no nosso município.

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