7 Julho 2024, Domingo

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Pedro Proença, a Liga, Valentim Loureiro, o Troféu Prestígio e o Vitória

Pedro Proença, a Liga, Valentim Loureiro, o Troféu Prestígio e o Vitória

Pedro Proença, a Liga, Valentim Loureiro, o Troféu Prestígio e o Vitória

, Professor
7 Setembro 2020, Segunda-feira
Giovanni Licciardello - Professor

“Para que o mal triunfe, basta que os bons fiquem de braços cruzados.”

Edmund Burke

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Caros amigos vitorianos.

Este é um título com muitas temáticas. Vamos procurar sequenciar e escalpelizar.

Relativamente a Pedro Proença, o presidente da Liga, no que ao Vitória diz respeito, afirmou publicamente o seguinte:

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“Não está nas competições profissionais quem quer, mas quem pode e quem tem um conjunto de responsabilidades a que tem de responder. Temos de evitar alguns cenários como aquilo que se passou no ano passado e temos de aprender com os erros. Não podemos ter equipas na iminência de não terminarem competições profissionais, porque não pagam vencimentos. A credibilidade é um dos valores que guiam a Liga.”

Já se percebeu que o Vitória não cumpriu cabalmente com os pressupostos documentais necessários para que a sua admissão na 1ª Liga fosse aprovada. Não vamos procurar tapar o sol com a peneira. Culpas próprias, portanto.

Porém, quando Pedro Proença fala de credibilidade, relegando o Vitória para as divisões secundárias, e entregando nessa mesma semana, um dos seus principais galardões, o Troféu Prestígio a Valentim Loureiro, há qualquer coisa que não está bem.

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O sapato não encaixa no pé. Aquilo que se diz, é diferente daquilo que se faz.

Senão vejamos: em 2010, o Tribunal da Relação do Porto confirmou a condenação de Valentim Loureiro que lhe tinha sido aplicada pelo Tribunal de Gondomar no processo principal Apito Dourado.

O caso Apito Dourado foi julgado no tribunal da comarca de Gondomar em 2008. Embora o processo se centrasse em corrupção associada ao futebol, Valentim Loureiro foi condenado a três anos e dois meses de prisão, pelo crime de prevaricação e vinte e cinco crimes de abuso de poder que lhe valeu uma pena suspensa (entretanto convertida em multa pela Relação do Porto) e uma pena acessória de perda de mandato autárquico, como presidente  na Câmara de Gondomar.

Na sequência do processo Apito Dourado, o Boavista foi relegado para a 2ª divisão em 2008/2009, tendo regressado seis anos depois, de novo à 1ª Liga, em 2014/2015, uma vez que o processo atrás mencionado prescreveu judicialmente.

Valentim Loureiro foi também acusado pelo Ministério Público, em 2018, de ter beneficiado a mãe de dois filhos seus, ao arrendar apartamentos desta, no Porto, para acolher estudantes, dos quais a Câmara de Gondomar (de que Loureiro era seu presidente) pagou renda durante 12 anos. O

Não esquecer o Campeonato Nacional de Juniores, época 1994/1995, onde o Vitória lhe viu ser retirado o respectivo título, pela via administrativa, passando a ser o Boavista o campeão, depois de todas a irregularidades perpetradas por estes, nomeadamente a utilização irregular de dois jogadores (Nuno Gomes e Tavares), e por uma vitória muito suspeita sobre o Braga, por 7-0, que serão objecto de uma crónica a publicar brevemente. Valentim Loureiro era, na ocasião, o presidente dos axadrezados.

Quando Pedro Proença fala em credibilidade da Liga, e precisamente na mesma semana, entrega um dos seus mais importantes galardões, o Troféu Prestígio a Valentim Loureiro, estamos, basicamente, conversados.

A Liga prefere o favor dos poderosos do que a legítima esperança dos justos.

A minha querida amiga Conceição Casaca, fala comigo todos os dias,  chorando desolada.

Pela parte que nos toca, Vitória Futebol Clube, iremos muito provavelmente percorrer uma longa e penosa travessia do deserto.

Mas estaremos todos juntos nessa travessia, unidos pela determinação, querer, vontade, paixão, amor incondicional pelo nosso ENORME VITÓRIA FUTEBOL CLUBE.

Vamos a isso.

 

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