Participação e poder local

Participação e poder local

Participação e poder local

, Ex-bancário, Corroios
7 Outubro 2025, Terça-feira
Francisco Ramalho

São bem diferentes as possibilidades que qualquer cidadão tem de participar no poder local que no central. Neste, para além da participação em manifestações contra as políticas do Governo, o que é importante, mas resta-lhe depois quase só o voto. O que, claro, ainda é mais importante, se for bem utilizado. No poder local, para além do voto, há diversas possibilidades. Aplaudir, criticar ou mesmo participar através de propostas ou sugestões. E essas possibilidades, são tão pouco aproveitadas! Refiro, sobretudo, à participação no período destinado à população nas Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais. É aí, na presença do Executivo e da oposição que qualquer cidadão pode, e deve, criticar, sugerir ou aplaudir o que achar por bem. Para si e para a restante comunidade. É aí, na presença dos que a representam, que a sua intervenção tem mais influência. E ainda apresentando reclamações, sugestões ou mesmo propostas nos serviços das juntas de freguesia ou das câmaras municipais.

É a tão importante participação cívica que é tão descurada. Refiro-o agora que estamos a dias de procedermos a essa escolha tão importante sobre os que nos irão representar nessa que foi uma das mais importantes conquistas do 25 de Abril; o Poder Local Democrático.

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Mas a participação cívica é tanto mais eficaz conforme o interesse que tenhamos pela nossa terra, pelos nossos interesses e da grande maioria dos nossos conterrâneos. E para além desse sentimento altruísta, é também indispensável que estejamos o mais informados e esclarecidos possível sobre os candidatos individuais e, sobretudo, coletivos (partidos ou coligações) que constituem as respetivas listas concorrentes. Como disse no meu anterior artigo de opinião, “O SETUBALENSE, as Autárquicas e a Democracia”, este jornal através do conjunto de debates (14) com os cabeças de lista que promoveu na nossa região, deu um grande contributo nesse sentido.

Mas o interesse pela participação e pelo esclarecimento tem de partir de nós. Do nosso interesse pela coisa pública. Pela democracia. A mais importante conquista do 25 de Abril. Sem ela, nada feito. Seria de novo, o quero posso e mando de meia dúzia que nos imporiam, os interesses de uma ínfima minoria que voltariam a representar.

Mas muita coisa importante, estrutural, como hospitais, escolas, habitação social, estradas, etc. São da responsabilidade do poder central. E o poder central tem sido exercido às vezes com a participação do CDS, mas sempre pelo PS ou pelo PSD. Portanto, atenção a determinadas promessas dos representantes destes partidos e do que se diz contra o sistema, mas que é a pior face dele. O partido quase unipessoal que acha que o nosso grande problema são os imigrantes. Os que na sua grande maioria contribuem com o seu trabalho para o normal funcionamento do país, e não a injusta distribuição da riqueza. Resta-nos os partidos da oposição. Sobretudo o que sempre se bateu e bate por um país bem menos assimétrico e mais justo; o PCP/CDU.

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